Um dos maiores argumentos das forças retrógradas que aplicaram o golpe no Brasil usam é que arrumariam a economia do País e que uma nova era de desenvolvimento chegaria aos lares brasileiros.
Acusavam o governo constitucional e legítimo de Dilma Rousseff de promover a falência do Estado e as ruínas das finanças. Chamaram, então, um dos papas do mercado para resolver tamanho desafio, Henrique Meirelles.
O resultado desta equação revelou-se um dos maiores estelionatos contra a sociedade brasileira. Programas sociais de vital importância foram abandonados, créditos foram suprimidos, impostos foram aumentados e o discurso de austeridade se desvenda como um grande embuste.
A receita neoliberal e rentista, em conjunto com o desmonte do estado brasileiro, é o resultado deste governo ilegítimo e corrupto que temos.
Vergonhosamente, o Brasil volta a figurar no mapa da fome, o desemprego é um dos maiores de nossa história e, pasmem, querem até diminuir o salário mínimo.
Onde está o controle de nossas finanças?
Cadê o desenvolvimento?
Cadê os empregos?
Perguntas que, até hoje, não obtivemos respostas por aqueles que estão ilegitimamente no poder.
Aliados ao que há de pior no Brasil, este governo é sustentado por meio de um Congresso Nacional patronal e desprovido de autoridade moral para defender os verdadeiros interesses de nosso povo.
Aristocratas são por essência. Não compreendem que o Brasil é uma nação soberana. Insistem em colocar nosso povo de joelhos, frente ao mais espúrio interesse internacional. São reféns do sistema financeiro que vive dos imorais juros financiados por uma política econômica entreguista, anti-povo e anti-nação.
Corruptos são a representação mais fiel do nosso atraso oligárquico e de uma estratificação social que nos remete a séculos passados.
O desmonte das garantias trabalhistas, a agressão ao sistema previdenciário, as políticas de arrocho e de perda de qualidade de vida são as conseqüências de um Brasil que retrocede a cada ação deste governo.
Precisamos retomar a política de desenvolvimento nacional.
Necessitamos reafirmar nossa soberania e resgatar nossos direitos.
Este governo não representa a nós, pedetistas, que tivemos líderes como Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro a frente de governos e estes, sim, representavam as causas mais caras ao nosso povo brasileiro.
*Manoel Dias é ex-ministro do Trabalho e Emprego, atual presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini e secretário-geral Nacional do PDT.