Eleições 2020: PDT tem o maior número de pré-candidaturas LGBTI+ no Brasil


Por Bruno Ribeiro/FLB-AP
01/06/2020

O PDT está na liderança nacional do número de pré-candidaturas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras identidades de gênero e sexualidade para as eleições municipais de 2020. A partir do PDT Diversidade, já são 38 militantes (20,1%) na disputa, conforme levantamento da organização ‘Aliança Nacional LGBTI+’.

Do total de 207 postulantes listados, sendo dois para o cargo de prefeito e 205 na busca de uma das vagas no legislativo municipal, cerca de 95% (197) são LGBTI+ e 4,8% (10) aliados à causa. Considerando as filiações partidárias, o PDT, na ponta, é seguido, por PSOL, com 32 (15%), PT, com 26 (12%) e PCdoB, com 20 (10%).

Como detalhado na pesquisa detalhou, os gays representam a maioria (55,6%), alcançando 115 pré-candidatos na disputa. São seguidos por lésbicas, com 31 (15%); mulheres trans, com 23 (11,1%) e bissexuais, com 11 (5,3%).

Por unidades da federação, há 64 pré-candidatos (30,9%), em São Paulo; 29 (14%), na Bahia; 20 (9,7%), no Rio de Janeiro e 20 (9,7%), em Minas Gerais.

Os dados apresentados indicam a consolidação do trabalho desenvolvido ao longo de décadas. A partir de 2015, os resultados foram potencializados com a criação do PDT Diversidade, aprovado oficialmente na reunião da Executiva Nacional do partido, em 14 de julho.

Para a presidente nacional do movimento pedetista, Amanda Anderson, o partido está se estruturando para estar presente, e prestando suporte, em todas as regiões do Brasil.

“Não daremos prioridade para nenhuma cidade. Trabalhamos para ter ações coordenadas e eficientes em todas as regiões do país”, explica.

Sobre o aumento da atuação dos representantes da diversidade em um momento de acirramento do combate às tendências fascistas e reacionárias no Brasil, Amanda indica que a mobilização mostra a força da resistência e resiliência dessa parcela da população, que representa 12% dos cidadãos brasileiros, conforme identificou o IBGE em 2012.

“Seguiremos na luta pelos direitos e garantias da população, principalmente dos LGBTI+. Bolsonaro e seu grupo preconceituoso não nos intimidarão. O enfrentamento será intenso, pois não permitiremos retrocessos nas conquistas democráticas. Essa é a marca do PDT”, disse.

Perfil

Segundo Amanda, o movimento também está finalizando uma pesquisa sobre o perfil da sua militância em todo os estados e Distrito Federal. O documento, que será divulgado nos próximos meses, contribuirá para o planejamento eleitoral do partido.

“A compilação de dados permitirá a análise a partir de diversos recortes, como por estado, orientação sexual, identidade de gênero, idade e cor. Assim, teremos um recorte específico e detalhado da nossa militância, o que permite estruturar ações cada vez mais direcionadas”, concluiu.