O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou, nessa quarta-feira (3), de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, para debater a Reforma da Previdência. A sabatina foi vista como “segunda chance” após o ministro desistir de comparecer à discussão na semana passada, quando foi convidado pela Comissão para esclarecer a proposta.
Na oportunidade, os parlamentares puderam interpelar o ministro, tirar dúvidas e propor sugestões.
O deputado cearense Eduardo Bismarck (PDT-CE), membro titular da Comissão, foi um dos primeiros a questionar o ministro sobre alguns pontos da reforma previdenciária. Bismarck citou que o PDT está trabalhando para apresentar uma proposta para o Brasil. “Nós queremos participar ativamente do debate desta reforma e estamos trabalhando para apresentar uma proposta que seja boa para o país e que não prejudique os menos favorecidos”, afirmou.
O pedetista também pediu transparência da parte do Governo na questão dos números apresentados e que fossem mantidos os direitos conquistados. “Não é o direito de quem já se aposentou, é o direito de quem já está trabalhando e caminhando para uma regra de aposentadoria e será prejudicado com essa nova regra que foi proposta”.
Eduardo Bismarck concluiu seu discurso citando as carências do Ceará. “No meu Nordeste as carências são muito grandes. Lá, a média de idade é muito menor e nós temos uma dificuldade de atingir essa idade. Isso tudo porque nós não temos o cálculo do risco correto no Brasil das aposentadorias. É esse um dos grandes problemas da reforma pra mim”, concluiu.
O parlamentar acredita que é preciso, sim, reformar a previdência, mas de uma maneira que não retire os direitos adquiridos, principalmente dos mais pobres e menos favorecidos.