Ao lado do pré-candidato ao Senado, Luiz Castro, ambos pelo PDT, a defensora pública defendeu solução política para crise econômica para jovens atletas e seus pais
Alunos e pais que treinam na Academia Gladiadores Able BJJ de Judô, projeto social realizado na comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, receberam na noite dessa segunda-feira (23) uma preleção diferente da que estão acostumados no dia a dia da academia. Ao invés de aprenderem sobre as técnicas e movimentos da arte marcial, eles tiveram uma aula de cidadania e política social.
Convidados pelo mestre César, sensei que realiza de forma gratuita o projeto Gladiadores, ensinando judô a crianças e adolescentes do bairro, os pré-candidatos do PDT ao Governo do Estado, Carol Braz e ao Senado, Luiz Castro, explicaram como a política influencia em todos os aspectos da vida do cidadão, seja ele uma criança, adolescente ou adulto. Eles também conheceram e ouviram as demandas e a realidade vivida pelos membros da comunidade.
“Aqui a demanda é grande. Se eu falar apenas sobre esporte, estarei sendo egoísta. Aqui, a saúde é precária. Não tem Conselho Tutelar. Se tem, não conseguimos encontrar. Tirar uma identidade é difícil. Só tem vaga para o fim do ano. Muitas pessoas precisam de documentos e o PAC [Pronto Atendimento ao Consumidor] não atende à demanda. Você procura uma quadra pra treinar, aqui, tem que pagar. Uma coisa que é nosso dinheiro e ainda temos que para usar. Escolas para crianças de sete anos pra baixo. Aqui, precisamos de muita coisa”, disse o mestre.
Diante das palavras do treinador, os pré-candidatos explicaram o porquê é necessário, nesse momento, buscar uma mudança política para conquistar melhorias da qualidade de vida do povo. Além disso, eles destacaram a importância de projetos como os Gladiadores no processo de formação nas apenas de atletas, mas de cidadãos no futuro.
“Eu sei como é difícil a vida das pessoas que não nascem em berço de ouro. É mais difícil a escola, a saúde, as oportunidades de renda. E projetos como esse são muito importantes. Ajudam a resgatar vidas e previnem que alguns jovens caminhem na direção errada. Muitas iniciativas das lutas marciais ou de outras modalidades de esporte, como essa, estão cumprindo essa missão”, disse Luiz Castro.
Para Castro, o ideal seria que as escolas fossem de tempo integral, para que os pais pudessem sair par trabalhar com a certeza de que os filhos estariam em um ambiente seguro e educacional.
“Mas isso não acontece. Os colégios militares estão cada vez menos acessíveis às pessoas que não tem renda. São escolas públicas, mas que estão virando escolas para ricos. O material escolar é caríssimo. Você pode vê que na frente das escolas militares chegam carrões e mais carrões de pais que poderiam pagar escolas particulares e estão ocupando, com seus filhos, as vagas que deveriam ser destinadas a pessoas mais carentes”, lembrou Castro.
O pré-candidato lembra que se a população tivesse representantes que se preocupassem com o povo, isso não estaria acontecendo.
“Nas últimas eleições eu fiquei pertinho de vencer. Tive 581 mil votos. Uma votação muito bonita. Mas, na última hora perdi a eleição por conta de votos do interior, de locais onde eu não pude ir. Eu quase cheguei lá sem comprar nenhum voto e sem fazer nenhuma promessa de coisas que não poderiam ser cumpridas. Eu gosto da palavra compromisso. E, pra mim, compromisso tem que ser firmado com projetos como esse, que ajudam os jovens a terem disciplina. Os instrutores e mestres das artes marciais trabalham muito bem com isso”, disse o ex-deputado.
Ainda diante da plateia de jovens atletas, Castro lembrou a importância do voto com responsabilidade.
“Mestre César disse que já errou, uma vez, ao escolher uma pessoa que decepcionou. Naquela hora, ele buscou o melhor, mas a pessoa não ajudou. Eu não venho aqui pedir pra vocês votarem em mim, mas para me conhecerem. Saberem as nossas propostas e ideias, que são diferentes daqueles que estão aí. Trabalho com a sinceridade e não gosto da palavra mentira. Eu combato a pedofilia, enfrentei abusadores perigosos. Fiz o que tinha que fazer porque nós não podemos nos calar”, disse Luiz Castro.
Esporte, disciplina e respeito
Foi em nome da família e da população que a defensora pública, Carol Braz, colocou seu nome à disposição para concorrer ao Governo do Amazonas. A defensora pública lembrou que veio do esporte e com ele aprendeu a ter disciplina e respeito.
“Foi o esporte que me ajudou a ter disciplina. Isso foi fundamental para que eu passasse em seis concursos públicos. Não foi fácil! Temos que ter persistência e não podemos desistir. E tudo isso aprendi com a prática desportiva. A mesma persistência que os pais, que aqui estão e que apoiam seus filhos, têm. O esporte ensina autocontrole e autoconhecimento. Eu sonho, junto com todos vocês, um novo Amazonas. As pessoas perguntam: ‘nossa, uma mulher querendo ser governadora’? Eu pergunto para as mulheres: será que a gente não tem condição para ser governadora do estado? Temos muita competência, sim. A gente cuida da casa, cuida dos filhos, do marido, deixa tudo pronto pro jantar, trabalha fora. E damos conta de tudo. E temos a sensibilidade para entender tudo, principalmente, a importância de projetos sociais que beneficiam nossos filhos”, salientou Braz.
Carol disse que também não veio de uma família abastada e nem contou com padrinho poderoso. “Como agora, não tenho nenhum padrinho político. Caminho ao lado de Luiz Castro, um político honesto e que já fez muita coisa pela população. Nunca teve medo dos poderosos. E são pessoas assim que eu quero continuar tendo ao meu lado. Falamos quem nós somos, coletando as demandas da sociedade”, disse.
Emprego no bairro
Carol disse ainda que é necessário que o povo conheça o que é a política e como ela incide na vida das pessoas.
“É a política que define o preço da gasolina. É a política que define o quanto vamos pagar no gás de cozinha. É a política que define que o ovo custará mais de R$ 1,00. Se a gente não parar para escolher certo quem serão nossos políticos, nada irá mudar. Se não tivermos projetos para qualificar as pessoas, não vai ter emprego para todo mundo. Então, a gente precisa capacitar o povo, para poder trabalhar e se reinventar. Devemos fomentar os empregos dentro dos bairros, em contratos que vão determinar que o pintor, o encanador, o pedreiro da comunidade estarão trabalhando nas obras do governo. Vamos empregar nosso povo dentro da comunidade. Só assim iremos conquistar a melhoria da qualidade de vida de nosso povo”.