Embora o saldo de empregos (contratações menos demissões) do mês de julho em todo o País tenha sido 22,6% menor do que no mesmo mês do ano passado, com 140.563 vagas, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou ontem que a taxa de desemprego deve encerrar o ano entre 5,5% e 7,7%. Esse percentual, de acordo com Lupi, é o menor índice de desemprego da história do País, chegando quase ao pleno emprego, que seria abaixo de 5%.
Para o saldo de agosto, mensurado pelo Caged, do MTE, que considera apenas os postos de trabalho formais, ele espera dados positivos. “Acredito que vamos terminar o ano nesse índice de desemprego principalmente por conta do acumulado da geração de emprego”, disse Lupi durante debate do Grupo de Líderes Empresariais. A expectativa é de que sejam gerados 3 milhões de empregos formais, quase meio milhão a mais do que no ano passado, quando foram contratados 2,52 milhões de trabalhadores.
Outro fator que não deve impactar o cenário é a medida de aperto fiscal anunciada também hoje pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Ele informou que a meta do superávit primário terá aumento de R$ 10 milhões, o que corresponde entre 0,25% e 0,30% do Produto Interno Bruto. O intuito da medida é diminuir a demanda do consumidor para frear inflação e, consequentemente baixar taxa básica de juros. Lupi, porém, disse que a medida não deve mudar a previsão para a geração de emprego.
DOMÉSTICAS – O ministro do Trabalho e Emprego informou que o projeto que assegura aos empregados domésticos os mesmos direitos que um trabalhador com registro em carteira, como INSS e FGTS, deve ser divulgado ainda nesta semana. Lupi não entrou em detalhes, apenas citou que faltam ser acertados dois ou três aspectos da proposta por conta de a categoria ter muitos diaristas, que possuem vários vínculos empregatícios, e não somente um. A medida sugere regime tributário semelhante ao do Simples Nacional
Diário do Grande ABC