O general Eduardo Villas Bôas, comandante-geral do Exército Brasileiro, defendeu ontem (19/4), no Dia do Exército, em palestra no Centro Universitário de Brasil (CEUB), que o Brasil necessita hoje de um programa de desenvolvimento nacionalista para enfrentar e resolver suas atuais dificuldades econômicas e políticas.
Ao fazer exposição do tema central, “O papel do Exército Brasileiro na vida nacional”, ele pregou necessidade de discussão em profundidade sobre a realidade, em vez de apenas tangenciar o problema, centrando debate, apenas, em torno da taxa de juros, da taxa de câmbio etc, para tentar, do ponto de vista do mercado, resolver as questões mais importantes da nacionalidade.
Faz-se necessário, destacou o comandante, ir no essencial, nos alicerces da construção nacional, que não estão sendo considerados. Villas Bôas exaltou o nacionalismo:
“Nós temos a mania de elogiar o nacionalismo dos outros, mas não fazemos isso em relação à necessidade de construir o nosso nacionalismo, para valorizar o que é nosso, o nosso potencial imenso cuja exploração, em favor dos brasileiros, requer disposição para ir fundo, em vez de ficarmos na periferia dos problemas”.
A pacificação nacional depende de programa de desenvolvimento nacionalista para o Brasil resolver suas atuais dificuldades econômicas e políticas, em graus de intensidade crescente, defendeu o general Eduardo Villas Bôas. Centrar o debate apenas em questão macroeconômica, limitada aos interesses do mercado, em torno da taxa de juros, da taxa de câmbio etc; para ele, não resolve. Fica apenas na superficialidade.
Faz-se necessário, destacou o comandante, ir ao essencial, ao profundo, aos alicerces da construção nacional, que não estão sendo considerados. Ele exaltou o nacionalismo e a legalidade democrática:
“Nós temos a mania de elogiar o nacionalismo dos outros, mas não fazemos isso em relação à necessidade de construir o nosso nacionalismo, para valorizar o que é nosso, o nosso potencial imenso, cuja exploração, em favor dos brasileiros, requer disposição para ir fundo, em vez de ficarmos na periferia dos problemas”.
Indiretamente, dirigiu-se aos economistas neoliberais, adeptos do pensamento único, que só pensam no curtíssimo prazo para resolução da crise econômica, em que os interesses dos especuladores financeiros predominam sobre as questões mais centrais do debate nacional, deixando-as de lado.
Falta, para o general, espírito de coesão nacionalista, de modo a elevar como prioridade absoluta o interesse do país acima das firulas.
O Brasil, na avaliação dele, vive crise política, econômica e ética sob a ditadura do relativismo, um relativismo para menos, para baixo.
Nesse aspecto, as questões tanto econômicas, como jurídicas, se sujeitam a esse relativismo, adequado aos interesses antinacionais em jogo. O país, disse, está feio, do ponto de vista ético, da visão da eficiência, da estética; isso, porque não se vai ao essencial, permanecendo no acessório, na superfície.
Insistiu na legalidade.
Para ele, as instituições estão amadurecendo, vencendo período em que elas eram indefinidas no aspecto dos pesos e contrapesos, necessários ao equilíbrio das tensões em suas horas intensas, de modo que dispensa tutela das Forças Armadas:
A preocupação central, ressaltou, é com a estabilidade das instituições, que estão funcionando. Funcionam bem ou não, conforme a ditadura do relativismo que mencionou.
Diplomaticamente, Villas Bôas não entrou em maiores considerações, ao abordar o momento atual da vida nacional, sob o impacto do processo de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff.
Leia a íntegra da matéria de Cesar Fonseca no Indepenência Sul-americana
Veja também vídeo do “Conversa Afiada”, com o general Villas Bôas
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/villas-boas-o-general-da-legalidade-200b