No Rio de Janeiro, pré-candidato reforçou a mobilização integrada do PDT para mudar o Brasil
O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, reforçou a mobilização integrada do partido para mudar o Brasil durante o discurso na abertura da nova edição da “Escola de Candidatos”, que ocorreu nesta segunda-feira (13), na sede da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini no Rio de Janeiro (FLB-AP/RJ), e foi transmitido pelas redes sociais. “Com ideia, exemplo e militância, tudo pode ser diferente”, defendeu o ex-governador do Ceará ao promover o Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND).
Na aula inaugural do curso que homenageia o ex-vereador carioca Fernando William, Ciro detalhou, ao lado do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, os diferenciais do seu plano de governo, que é considerado essencial e independente para reestruturar o Brasil após a crise sistêmica acumulada nos últimos anos.
Relembrando a perversidade do Ato Institucional número 5 (AI-5), que completou 53 anos da sua decretação pelo regime militar, Ciro analisou a conjuntura nacional, no último século, e a centralidade do Trabalhismo na vida dos brasileiros. Entre os lapsos de progresso, citou a Revolução de 30, que foi coordenada pelo presidente da República Getúlio Vargas.
“Com Vargas, o Brasil desejou superar a desigualdade e prover o desenvolvimento. […] Com projeto, ele buscou o caminho para o progresso econômico com a industrialização”, ressaltou, destacando o conjunto de garantias sociais implantadas e o alcance de uma das maiores evoluções já registradas no mundo.
Ao mencionar o “crescimento zero” do país nos últimos 10 anos, o pedetista indicou que a realidade recorrente se impõe como efeito da manutenção dos princípios neoliberais.
“Vamos olhar quem estava lá [na Presidência]. Por baixo dos panos, o mesmo modelo”, alertou, ao condenar a autonomia do Banco Central e o tripé macroeconômico.
“Hoje, com Bolsonaro e Paulo Guedes, vemos a repetição do formato de Estado mínimo, promovido pelo capitalismo. Precisamos construir um modelo novo, pois o atual morreu”, completou, detalhando a tragédia instalada a partir de dados como desemprego e miséria.
Abordando o perfil transformador do Trabalhismo, Lupi ratificou a necessidade da atuação qualificada dos quadros pedetistas para dar suporte às medidas previstas pelo Ciro em um futuro governo.
“Se a gente não tiver sustentação, com candidatos preparados e militância preparada, não vamos avançar. Por isso, conto com todos vocês nessa luta”, disse, ao criticar o governo Bolsonaro e a política de privatização bolsonarista, que inclui os Correios.
Diálogo
O evento possibilitou também que o economista Nelson Marconi apresentasse uma análise estratégica sobre saídas efetivas e eficientes perante áreas como educação, saúde, emprego, meio ambiente e infraestrutura. Para ele, o “PDT é o verdadeiro partido nacional desenvolvimentista desse país”.
“A gente precisa proteger o Brasil e ter clareza da diferença do nosso programa perante os outros. É uma distância muito grande na questão conceitual. […] O nosso tem premissas, como a necessidade de gerar empregos de qualidade e defender os interesses estratégicos da nação. Mas a grande diferença mesmo está na forma de crescimento”, frisou.
“Se não mudar a estrutura produtiva do país, e todos os serviços que virão junto com a indústria, teremos cada vez mais gente em situação precária”, acrescentou, citando o impacto nas políticas compensatórias.
Secretário de Criatividade e Inovação da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e pré-candidato a deputado federal, Leonardo Lupi condenou os retrocessos do atual governo
“O governo Bolsonaro é uma catástrofe. A gente tem o dever de ter esperança para fazer a diferença no Rio e no Brasil. Por isso, precisamos de projetos estadual e nacional de desenvolvimento, que serão liderados por Rodrigo Neves e Ciro Gomes”, comentou.
Entre as lideranças pedetistas presentes, o prefeito de Cabo Frio, José Bonifácio; a deputada estadual Martha Rocha; os presidente e vice-presidente da sigla na capital, Augusto Ribeiro e Antonio Albuquerque, respectivamente; o vereador de Niterói, Binho Guimarães e o ex-deputado federal Miro Teixeira.
Programação
Presidente e secretário-geral nacionais do partido, Carlos Lupi e Manoel Dias promoverão no dia 17 de dezembro, às 18h, o segundo encontro, de um total de 12 programados no formato híbrido. Transmitido pelo Zoom, a palestra dos ex-ministros do Trabalho e Emprego abordará a “história do Trabalhismo e as teses pedetistas”.
Em janeiro de 2022, o curso contará com aulas virtuais sobre “Saúde, ciência e inovação” no dia 11, às 19h; “Direitos humanos e cidadania das minorias sociais” no dia 18, às 19h, e “Cultura e Educação” no dia 25, às 19h.
No mês seguinte, sempre às 19h, os alunos poderão acompanhar ainda, pela internet, análises referentes à “Juventude e seus desafios” no dia 1; ao “Direito à cidade: sustentabilidade e urbanização” no dia 8, e ao “Papel do Brasil no cenário global” no dia 15.
A “Segurança Pública” será abordada no dia 15 de março, às 19h, em uma nova atividade através do Zoom. No dia 22 de março, às 19h, o ex-prefeito de Niterói e pré-candidato ao governo fluminense pelo PDT, Rodrigo Neves, estará na FLB-AP/RJ para detalhar o “Papel do Estado e o Desenvolvimento do Rio de Janeiro”. Na sequência, a pauta do dia 29 de março, às 19h, pelo Zoom, será a “Comunicação e o Marketing de campanha”.
A “Legislação eleitoral” será o tema central do último debate, que está programado para ser executado, através do Zoom, no dia 5 de abril, às 19h.