O candidato do PDT a presidente da República, Ciro Gomes, disse nesta quinta-feira (13) em reunião na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro, que caso seja eleito, vai incentivar e estimular a produção científica no país. O pedetista afirmou que quer chegar a 2% de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em tecnologia pelos próximos anos.
“Ciência é o outro nome de independência. É nesse plano que eu entendo a questão da tecnologia. Se você tem, você é uma nação independente. Se você não tem, é um protetorado alheio”, afirmou.
Ciro disse aos cientistas que pretende descontingenciar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e presidir o Conselho Nacional de Tecnologia para dar “absoluta” prioridade ao setor.
O pedetista chamou a atenção para o fato de o Brasil ser o 13º país em publicações científicas e o 76º em inovações tecnológicas e que, segundo ele, isso tem que mudar. “Não é razoável. Nós precisamos dar utilidade para a vida do nosso povo”, disse.
No encontro, ele respondeu a perguntas dos presentes e frisou a importância da revogação da Emenda 95 – que criou o teto de gastos públicos, para que o estímulo ao campo da ciência não se perca. Ciro também recebeu um documento elaborado pelos representantes da Academia de Ciências com propostas para o setor.
Aos jornalistas, Ciro explicou que os recursos para alavancar a área viriam da tributação. “Um tributação mais progressiva sobre os mais ricos, uma tributação que tire o ônus pesado sobre os mais pobres e a classe média. Uma revisão das renúncias fiscais que não correspondem a estímulos estratégicos ao país para gerar emprego. Isso tudo pode virar o jogo, tecnicamente”, disse o pedetista.