O vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, enviou neste sábado(7) um telegrama ao candidato à Presidência dos Estados Unidos da América (EUA) Joe Biden por sua vitória, apontada pelas apurações, sobre Donald Trump, que tentava a reeleição. Além de parabenizar o democrata, Ciro ressaltou sua esperança de que o democrata no poder represente o início de uma melhora nas as relações entre aquele país e o Brasil.
“Vemos espaço vasto para colaboração entre os Estados Unidos e o Brasil: para mobilizar tecnologias e práticas de produção avançadas por formas que tornem a maioria trabalhadora e as pequenas empresas nos nossos países mais produtivas e prósperas; para compartilhar experiências na melhora da educação nos nossos países extensos, desiguais e federativos”, destacou Ciro.
O pedetista também frisou a atuação política do Brasil em parceria com outras grandes nações e a importância de se atuar juntamente na resolução de problemas globais.
“Não temos inimigos no mundo. Estamos determinados a trabalhar com outros países grandes — inclusive aqueles que nos acompanham na organização BRICS: a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul, bem como nossos vizinhos sul-americanos e os Estados Unidos, para resolver problemas globais por meio de iniciativas conjuntas de nações soberanas”, ressalta Ciro.
Confira abaixo o telegrama de Ciro Gomes ao presidente eleito Joe Biden:
“Caro Presidente eleito Biden,
Escrevo do Brasil para parabenizá-lo por sua eleição e para manifestar a esperança de que sua Presidência venha a marcar virada para melhor nas relações entre os Estados Unidos e o Brasil.
Dediquei minha vida à ação pública e a lutar para que meu país siga rumo de desenvolvimento que sirva aos interesses e às aspirações do povo brasileiro. Agora trato de organizar, com o apoio de meu partido (o Partido Democrático Trabalhista) e do que espero ser uma aliança de partidos progressistas, minha candidatura à Presidência do Brasil. Sua eleição deu a muitos de nós no Brasil e em toda a América Latina a esperança de poder trabalhar com seu governo e com americanos de todos os quadrantes da vida nacional, dentro e fora dos cargos públicos, para empoderar os homens e as mulheres comuns.
Os Estados Unidos e o Brasil são as duas maiores democracias do hemisfério ocidental e duas das três maiores democracias do mundo. Governos recentes em ambos nossos países rebaixaram nossa relação ao nível de negociações comerciais de curto prazo e de expressões de afinidade ideológica entre líderes direitistas lá e cá.
Vemos espaço vasto para colaboração entre os Estados Unidos e o Brasil: para mobilizar tecnologias e práticas de produção avançadas por formas que tornem a maioria trabalhadora e as pequenas empresas nos nossos países mais produtivas e prósperas; para compartilhar experiências na melhora da educação nos nossos países extensos, desiguais e federativos; para dar consequência prática ao ideal do desenvolvimento sustentável (o Brasil conserva na Amazônia e em outras partes de seu território o maior tesouro de biodiversidade e água doce do planeta); para reerguer ordem internacional baseada em regras que não mais se cinja a acertos estabelecidos no rescaldo de uma guerra mundial concluída há setenta e cinco anos; para afastar risco de outro conflito global ainda mais terrível; e, sim, para comerciar de maneira livre e equitativa sob termos que beneficiem a maioria de americanos e de brasileiros. Para este fim, queremos ver não apenas nossos governos nacionais mas também nossos cidadãos, nossas empresas e nossas universidades se darem as mãos.
Não temos inimigos no mundo. Estamos determinados a trabalhar com outros países grandes — inclusive aqueles que nos acompanham na organização BRICS: a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul, bem como nossos vizinhos sul-americanos e os Estados Unidos, para resolver problemas globais por meio de iniciativas conjuntas de nações soberanas.
Ao parabenizá-lo por sua eleição, reitero minha fé no potencial do que podem nossos países fazer juntos.
Com as saudações e o respeito de
Ciro Gomes