Ciro Gomes, Vieira da Cunha e Juliana Brizola fazem ato no monumento da Carta-Testamento de Getúlio Vargas

Foto: Keiny Andrade

Alê Dornelles/PDT Porto Alegre (RS)
24/08/2022

Após homenagem, os líderes pedetistas fizeram uma caminhada até a Esquina Democrática, no centro da Capital gaúcha

Os candidatos do PDT à Presidência da República e ao Palácio Piratini, Ciro Gomes e Vieira da Cunha, respectivamente, fizeram um ato em homenagem ao Getúlio Vargas em frente ao monumento que contém a reprodução da Carta-Testamento do ex-presidente, localizado na Praça da Alfândega no Centro de Porto Alegre (RS). Também prestigiaram o evento a candidata à Câmara Federal, deputada estadual Juliana Brizola (PDTRS), e a vice-presidente nacional do PDT e presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Miguelina Vecchio, entre outras lideranças.

Vieira da Cunha contou que Leonel Brizola todos os anos, no dia 24 de agosto, data de falecimento do Vargas, ocorrida em 1954, ia no mesmo local prestar sua homenagem ao ícone do Trabalhismo.

“Brizola sempre dizia que havia um Brasil antes e outro depois de Getúlio Dornelles Vargas. A partir do Getúlio os trabalhadores passaram a ter direitos, merecedores de respeito”, contou Vieira. O trabalhista ainda disse que a data é significa resgatar a dignidade do trabalhador brasileiro.

O candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Sul falou ainda que “em nome da linda história do Trabalhismo, o PDT oferece ao povo brasileiro recuperar o fio da história construída por Getúlio, Jango e Brizola”, e fará isso tirando o Brasil da condição vergonhosa de um país que pouquíssimas pessoas têm a mesma renda da soma de mais de 100 milhões de brasileiros.

Vieira ainda disse que a Carta-Testamento era extremamente atual, já que o Brasil vive com sucessivos governos federais que privatizam o patrimônio, política semelhante adotada nos governos gaúchos.

Concluiu o candidato prometendo que a população é quem decidirá sobre os assuntos de interesses estratégicos através de plebiscito e referendo.

Já o candidato à Presidente da República, Ciro Gomes, iniciou sua manifestação falando que vinha como brasileiro, diante da pedra que imortaliza a Carta-Testamento, prestar sua homenagem ao maior dos brasileiros, Getúlio Dornelles Vargas. “Nesta data, o 24 de agosto do longínquo ano de 1954, Getúlio praticou um ato extremo, de audácia, de coragem, sacrificando-se, dando seu próprio sangue literalmente, para tentar proteger a nação brasileira, em especial o seu lado mais frágil, os pobres trabalhadores brasileiros”, disse.

O presidenciável entende que a Carta-Testamento é extremamente atual e que pode ser lida por todos que ali passam. “O transeunte, quem sabe numa hora de angústia, de miséria, de fome, possa ler nessas palavras tão fortes, tão fundadoras, o lenitivo [alívio] para um país que tem negado a própria esperança no futuro para suas imensas maiorias. A carta-testamento é um verdadeiro tratado de economia política, de ciência polícia, de filosofia e de valores”, discursou.

Para Ciro, está presente na carta temas contemporâneos, como “a questão do desenvolvimento, do nacional, da pobreza e da miséria”. Segundo ele, pela primeira vez na história o Brasil, nos últimos 11 anos cresceu zero porcento, gerando fome para mais de 33 milhões de brasileiros.

“Os homens e mulheres que nos governam há 30 anos entregaram os interesses estratégicos do Brasil ao mando e ao egoísmo do capital financeiro internacional, à prepotência que nos impede de desenvolver nossas próprias tecnologias, ao desmonte da indústria nacional brasileira”, concluiu.

Após, o diretor de teatro, Caco Coelho, leu toda a Carta-Testamento de forma emocionada e contagiou de ânimo os presentes no local.

Em seguida partiram todos em caminhada até a Esquina Democrática, que fica no centro da Capital gaúcha, onde se encerrou a visita de Ciro Gomes.