Pré-candidato do PDT alerta PGR e Polícia Federal para nova degradação gerada pelo governo Bolsonaro
O pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, pediu que a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal investiguem o garimpo em áreas de preservação, na Amazônia, que foi aprovado pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidente da República, general Augusto Heleno. A manifestação ocorreu nesta segunda-feira (6), nas suas redes sociais, após denúncia divulgada pela Folha de São Paulo no domingo (5).
Segundo o jornal, “o general autorizou sete projetos de pesquisa de ouro na região de São Gabriel da Cachoeira (AM)”, que é a “cidade mais indígena do Brasil”. A reportagem indica ainda que o lugar, conhecido como Cabeça do Cachorro e localizado no extremo noroeste do Amazonas, na fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela, “é uma das áreas mais preservadas da Amazônia e uma das últimas fronteiras sem atividades que resultam em desmatamento elevado”.
“Com ações conhecidas que já lhe garantiriam um posto em um anti-panteão da desonra militar, o general Augusto Heleno acaba de ser denunciado pela Folha de autorizar o avanço de sete projetos de exploração de ouro em região preservada da Amazônia”, afirmou, pelo Twitter.
As medidas assinadas pelo militar da reserva e secretário-executivo do Conselho de Defesa representam, para o pedetista, o estímulo à exploração de uma região que teve, na gestão bolsonarista, um dos maiores aumentos nos índices de desmatamento: 67%. Entre 2019 e 2020, a devastação da floresta amazônica representa o maior estágio em 12 anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
“O Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal não vão investigar? O judiciário não vai punir este absurdo? Não podemos deixar que este alcoviteiro de golpes amplie a marcha de devastação dos últimos santuários da Amazônia brasileira!”, cobrou o ex-governador do Ceará.