Com Lupi e Rodrigo Neves, líderes do PDT apoiaram mobilização realizada neste sábado no Rio de Janeiro
O pré-candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, enfatizou a união democrática traduzida na mobilização em prol do impeachment de Jair Bolsonaro, que ocorreu neste sábado (2), no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Ao lado do presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, e do indicado pedetista ao governo fluminense, Rodrigo Neves, o postulante ao Palácio do Planalto indicou que a amplitude do ato, com milhares de pessoas nas ruas, reverberará como pressão no Congresso Nacional.
Destacando a contribuição de lideranças de outros partidos progressistas, incluindo Cidadania, PCdoB, PSB, Psol, PT, PV, Rede e Solidariedade, de centrais sindicais, como CSB e CUT, e de movimentos sociais, Ciro externou a urgência de afastar o “genocida do poder” a partir do alinhamento dos defensores da Constituição. Para ele, a disputa eleitoral de 2022 e as diferenças ideológicas ficam, consequentemente, em segundo plano.
“Fora Bolsonaro! É um grito simples que deve unir a todos os democratas desse país. […] Bolsonaro é um criminoso repetido, atenta contra a democracia, mata centenas de milhares de pessoas e não se comporta com decoro inerente do seu cargo”, comentou.
“Precisamos tirar Arthur Lira [presidente da Câmara dos Deputados] da inércia criminosa ao sentar em cima do processo de impeachment. Isso só vai acontecer com luta, com o povo organizado, de forma plural, generosa e deixando nossas diferenças para depois que nós protegermos a democracia e as liberdades do nosso povo”, completou o pedetista, que seguiu para o ato na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo.
Na praça da Cinelândia, palco do histórico das Diretas Já na década de 80, Carlos Lupi relembrou o legado trabalhista do ex-governador do Rio e fundador do PDT, Leonel Brizola, ao pedir a necessária prisão do chefe do governo federal pelos crimes de responsabilidade acumulados desde 2018.
“Foi onde Brizola começou a mais importante vitória das oposições, em 1982. Aqui, demos um grito pelo Brasil e vamos gritar em bom som: lugar de Bolsonaro é na cadeia”, afirmou, ao mencionar a omissão e covardia bolsonarista.
“[Bolsonaro] Usa a Bíblia para enganar o povo. Esse vendilhão da pátria precisa ir para a cadeia. E o povo brasileiro precisa ter força para concretizar isso”, acrescentou.
Ex-prefeito de Niterói (RJ), Rodrigo Neves destacou, na sequência, a importância de garantir a democracia, a soberania nacional e a justiça social, marcos reconhecidos ao longo das suas gestões no município da Região Metropolitana.
“Nós temos uma enorme responsabilidade, que é derrotar o fascismo através da unidade. As grandes mudanças desse país aconteceram nas ruas. É dessa forma que vamos derrotar Bolsonaro”, disse, indicando a crise da pandemia do Covid-19 e o resgate do Estado após sequenciais governados desastrosos.
“Bolsonaro representa a combinação de autoritarismo com ataque à democracia e implementação de uma agenda ultraliberal, que retira de direitos dos trabalhadores e deixa sem perspetivas a juventude”, finalizou.
Durante o evento, outras lideranças do PDT estiveram presentes, como os deputados federais Paulo Ramos e Chico D’Angelo, os presidentes nacionais da Juventude Socialista e do Movimento Trabalhista pela Educação pedetista, William Rodrigues e Maria Amélia; do secretário nacional de Criatividade e Inovação da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), Leonardo Lupi, e do presidente e vice-presidente do partido na capital, Augusto Ribeiro e Antônio Albuquerque.