O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, adiantou, na tarde desta sexta-feira (28), em entrevista por telefone ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, que tem um plano para tirar o estado do Rio Grande do Sul da crise financeira.
“O Rio Grande do Sul vai ter em mim o cara que libertar o estado dessa crônica de vinte anos de humilhação. O projeto está pronto e tem a ver com a Lei Kandir, com a reestruturação do passivo da dívida, com a reestruturação da questão previdenciária e com ativos que a União Federal vai ajudar”, adiantou. “Enfim, tenho um projeto para o Brasil e nesse projeto, o Rio Grande do Sul volta a ter centralidade importante”, afirmou.
O candidato apontou que há três problemas sérios no estado e entre eles, está a forma como foi negociada a dívida. Disse que vai “libertar” o Rio Grande do Sul por quatro anos de pagar a dívida com a União Federal e que vai capitalizar esse saldo para o fim.
“Tenho conversado isso com o Jairo Jorge, nosso candidato ao governo do estado”, disse.
Ciro apontou que a questão previdenciária é outro problema já que o que o estado, atualmente, gasta mais com aposentados do que com atividades.
“A ideia é criar um lote de títulos federais para lastrear um fundo previdenciário ajudando o Rio Grande do Sul a sair disso. E esses lotes serão resgatados a partir de uma dívida que a União Federal tem com o Rio Grande do Sul e que não está pagando, que é derivada da Lei Kandir”.
O pedetista disse que estudou a situação por considerar o estado absolutamente central para o Brasil e para retomar sua força política.
Em outro momento da entrevista, Ciro teve a oportunidade de falar sobre suas propostas. Sobre a previdência, disse que vai preservar os direitos adquiridos e que romper contratos, nessa questão, não é aceitável na Constituição brasileira.
“O primeiro compromisso da minha reforma é garantir que todos os direitos adquiridos não serão tocados. A partir daí, precisamos mostrar a todos os brasileiros que o sistema atual não é reformável. Estou propondo um novo sistema de capitalização, onde o trabalhador poupa para si mesmo”, disse.
Sobre a reforma trabalhista, reafirmou que pretende revogar. “Ela é de uma selvageria sem precedentes na história da humanidade”.
Ao ser questionado sobre retomar as agendas de rua, o presidenciável disse que pretende voltar a andar na rua o mais breve possível porque o que está em jogo “é o nosso país”.