O pré-candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, participou, nesta terça-feira (10), em Itajaí, Santa Catarina, de uma série de agendas com viés econômico e político. O ex-governador do Ceará se reuniu com empresários da região e promoveu palestra para alunos de universidade local, onde abordou os caminhos para viabilizar a retomada do crescimento econômico nacional.
Ao lado de Manoel Dias – ex-ministro do Trabalho e Emprego e pré-candidato único do PDT a deputado federal no estado –, Ciro foi recebido por lideranças da Associação Intersindical Patronal. Na pauta do encontro, foram abordados temas da agenda política e econômica.
“A partida de um novo projeto nacional de desenvolvimento deve considerar que o País está proibido de crescer por três razões: o explosivo endividamento das famílias e das empresas, o colapso fiscal e a falta de uma política industrial”, frisou.
Manoel Dias, por sua vez, disse que a população não pode arcar com o modelo imposto pelo grande capital, e ressaltou a importância do meio produtivo.
“Estamos mobilizados para recolocar o Brasil no caminho certo, onde o desenvolvimento social estava em plena consonância com o econômico. O povo não pode pagar a conta do modelo percurso imposto pelo grande capital”, pontuou Dias, ao mostrar a importância da aproximação com o meio produtivo, incluindo os setores industrial e de serviços.
Sobre o impacto da inabilidade política, Dias mostrou confiança no projeto proposto pelo Ciro.
“O governo Temer deixou um legado desastroso. Em Brasília, vamos retomar, com a liderança do nosso presidenciável, o pleno diálogo com os trabalhadores para reverter a perversidade da reforma trabalhista. Esses direitos são fundamentais e a CLT será refeita”, garantiu, ao completar: “A pesca catarinense ratifica esse estado de calamidade. O Estado precisa estar presente e ser eficiente a partir das políticas públicas.”
Ao final do dia, Ciro foi recebido por mais de mil alunos na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), ocasião na qual o presidenciável debateu a necessidade de um projeto de desenvolvimento nacional com distribuição de renda.
“O Brasil precisa montar um novo projeto nacional de desenvolvimento que não pode mais depender de capital externo. Portanto, a primeira grande tarefa desse projeto é entrar numa dinâmica de fazer capital em casa”, disse Ciro. “Ao contrario do mito neoliberal, o nível de poupança de um país não é conseqüência do acaso; é conseqüência de desenhos institucionais que a política faz ou deixa de fazer”, completou.
No decorrer de sua apresentação, Ciro deu um recado aos estudantes.
“Por isso juventude, não deixe satanizar a política. Se a política está fracassando, o remédio não é negar a política, é substituí-la, porque fora da política não há saída”, disse, explicando sobre a necessidade um projeto de desenvolvimento com lastro na construção de capital em casa, levando em conta o desenho do sistema tributário e do mercado de capitais.
Os eventos contaram com a participação de lideranças partidárias e de autoridades de todo o estado, incluindo os deputados estaduais, Rodrigo Minotto e Gelson Merisio, do vice-prefeito local, Marcelo Sodré, e da ex-prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva.