O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, participou, na noite desta segunda-feira (05), do “II Frente – Será que todos acreditam no futuro da nação”, evento realizado pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Fortaleza (DCE Unifor). O Frente é um movimento do DCE que tem como objetivo discutir temas contemporâneos relacionados à política, economia, educação e segurança pública.

Ciro fez um panorama sobre o que fez o Brasil chegar a uma situação de 12 milhões de pessoas desempregadas, de mais de 34 milhões de brasileiros vivendo na informalidade e de mais de 60 milhões de pessoas com o nome negativado no SPC e Serasa.

Segundo ele, o Brasil está impedido de crescer em razão de três fatores principais: endividamento da população e das empresas; colapso das finanças públicas, com um déficit primário no final de 2017 de R$ 140 bilhões; e a explosão do consumo sem o fortalecimento da indústria nacional, com fortes índices de importação. “Isso nos obriga a mobilizar a inteligência brasileira para compreender que fora de um projeto nacional de desenvolvimento, com começo, meio e fim, não há saída”, defendeu.

O presidenciável também lembrou que as nações que conseguiram êxito civilizatório possuem alguns traços em comum, dentre eles uso de capital nacional para o desenvolvimento; coordenação estratégica entre Governo, iniciativa privada e universidade; e investimento em recursos humanos.

“Países como Coréia, China, Singapura e Índia estão investindo em gente, basicamente com uma mudança radical na educação, que tem a ver com a presença do aluno na escola por mais tempo, com a ênfase na matemática na jornada diária da escola e com a substituição do método raso da ‘decoreba’ para a capacidade de pensar e inovar”, afirmou.

Ainda sobre educação, Ciro Gomes argumento que, atualmente, o pensamento técnico-científico tomou essencialidade no ato de competir globalmente, porque essa capacidade de competição global depende vitalmente de inovação, ciência e tecnologia.

Para finalizar, o pré-candidato fez uma convocação aos jovens para que debatam e se envolvam com a política, porque essa é a única forma de trazer soluções transformadoras para o Brasil. “A saída para política ruim não é negar a política, mas substituí-la, trocá-la. Não inventaram ainda nenhuma máquina, nenhum software, nada que substitua a política como único caminho para a solução das questões coletivas”, defendeu Ciro.