Governo federal mantém política “assassina” de preços e desmonte da maior empresa do Brasil
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, fez um alerta, em vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (26), para a tentativa de privatização “criminosa” da Petrobras anunciada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e organizada pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes. “O petróleo é nosso. A Petrobras é nossa. Queremos eles de volta”, cobrou.
Como ferramentas viabilizadoras, o governo bolsonarista utiliza desde 2019, segundo o pedetista, a política de preços atrelada ao dólar e o desmonte da maior empresa do Brasil. Este mecanismo potencializou o formato estabelecido na gestão do presidente Michel Temer.
Ao estimular a mobilização popular contra o “crime” sobre a soberania nacional e o patrimônio público, Ciro relatou que a “estratégia maligna” dos “traidores da pátria” se apoia em dois polos.
“De um lado, torna a Petrobras queridinha dos mercados internacionais. De outro, torná-la antipática ao povo brasileiro”, disse, classificando a metodologia atual como “assassina” e vinculada aos interesses de grupos estrangeiros e da Lava Jato.
Citando a venda de refinarias e subsidiárias por preços “escandalosamente baixos”, bem como leilões improvisados de lotes do pré-sal, o ex-governador do Ceará detalhou, na sequência, o desdobramento das intervenções que estão arruinando a operação e a imagem da estatal.
“Eles querem dar a falsa impressão de que a Petrobras é inútil e incapaz de funcionar como escudo de proteção ao bolso e ao bem-estar dos brasileiros e brasileiras […] E a falsa ideia de que a Petrobras não tem condições de conter os preços e de produzir derivados melhores e mais baratos que o produto estrangeiro”, comentou.
Para manter a exponencial lucratividade de acionistas privados em detrimento do Estado, Ciro alegou que Bolsonaro tenta, reiteradamente, negar e desvirtuar “toda a história e sentido da Petrobras”, em “uma das roubalheiras mais silenciosas já praticadas” no País.
“Sua capacidade de nos dar autonomia em petróleo e derivados. De garantir combustíveis bons e baratos. Querem, inclusive, ir na contramão do mundo, pois praticamente todos os países produtores de petróleo estão reforçando o poder de fogo de suas estatais de óleo e gás”, pontuou.