A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, na sessão desta terça-feira (10), dois pedidos de empréstimo destinados ao estado do Ceará, um deles para garantir verbas de US$ 139,8 milhões para o Cinturão das Águas e o segundo no valor de US$ 100 milhões para a continuação do projeto São José. O senador Cid Gomes (PDT-CE) destacou a importância dos recursos e apresentou requerimento de urgência para a votação no plenário da Casa.
Cid destacou que a situação hídrica do Ceará é difícil, mas que o estado tem cada vez mais buscado desenvolver tecnologias e novas formas de convivência com o semiárido. “O Ceará é um dos estados com a maior capacidade de acumulação de recursos hídricos do Brasil, hoje temos uma capacidade de acumular 18 bilhões de metros cúbicos, isso é equivalente a três baías da Guanabara”, ressaltou.
De acordo com o Senador, esse empréstimo para o projeto do Cinturão das Águas vai permitir que o Ceará use sua geografia a favor do acúmulo de águas e da perenização de rios. “Com a Transposição do São Francisco e o Cinturão das Águas, vamos aproveitar a geografia do Estado, que é elevada nas fronteiras para fazer com que a água circule na borda oeste e daí alimentando e perenizando rios”, afirmou Cid.
O outro empréstimo aprovado pela CAE será destinado à continuação do projeto São José. “O projeto São José é o necessário apoio a pequenas comunidades rurais que precisam de suporte para sobreviver em meio a tantas dificuldades. Ele previa primeiro energização, na sequência iniciativas produtivas e agora também abastecimento de água”, explicou Cid.
O relator das matérias, senador Fernando Bezerra, destacou que a situação fiscal do Ceará permite a contratação dos empréstimos e a importância dos recursos. “O Ceará tem o melhor modelo de gestão de recursos hídricos de todo o Brasil e esses recursos vão ampliar a capacidade de resposta à convivência daquelas populações com a seca, ampliar a oferta para consumo humano e impulsionar as atividades produtivas e do agronegócio cearense”, declarou.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado