O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), saiu direto da cidade de Alagoinhas para Feira de Santana e foi recepcionado por uma comitiva formada pelos secretários municipais e outros cargos do governo Tarcízio Pimenta. Acompanhado pelo alcaide, a visita de Lupi também foi observada pelo presidente estadual do PDT, Alexandre Brust.
Logo depois de ser apresentado a estrutura do Paço Municipal, o ministro se reuniu com Tarcízio Pimenta e representantes dos trabalhadores da R Carvalho para discutir a situação dos demitidos pela empresa.
E na coletiva concedia à imprensa, o ministro não escapou das perguntas sobre a crise pela qual passa e construtora. “Feira de Santana é a segunda maior cidade do estado da Bahia. É uma cidade que está gerando muito emprego, crescendo muito e precisa de um acompanhamento permanente de políticas públicas que visem dar mais infra-estrutura para a cidade e gerar empregos”, disse Lupi.
Caso R Carvalho – Na reunião fechado com os representantes, Lupi ficou a par da situação por qual passa a construtora. “Demitiu mais de 5.000 sem dar nenhuma justificativa, o que já é uma ilegalidade (a legislação brasileira, segundo o ministro, não permite demissão coletiva). Eles (a comissão formada para representar os operários demitidos) saíram daqui com a instrução da Superintendência do Trabalho para agir junto com o Ministério Público duramente. Primeiro vamos liberar o seguro-desemprego e o fundo de garantia para que esses trabalhadores consigam sobreviver. Vamos também ter todas as ações judiciais junto coma Polícia Federal para investigar a empresa sobre a apropriação indébita do dinheiro do trabalhador. Pedi uma lista com os nomes dos trabalhadores da empreiteira por que temos que retomar as obras e para garantir a prioridade de recolocação desses operários ”, explicou.
O ministro disse que já ter conhecimento desse caso através da gerencia regional instalada em Feira de Santana, que está acompanhando todos os procedimentos do Ministério Público do Trabalho; “O MPT tem que fazer a ação judicial e o Ministério do Trabalho tem que providenciar o pagamento do seguro-desemprego através das agencias da Caixa. O que precisa é agilizar a liberação das carteiras e as rescisões”, afirmou o ministro. Carlos Lupi explicou que foi dado um prazo pelo MPT para que as rescisões sejam efetuadas e que na próxima segunda com a documentação em mãos sejam efetivados os paramentos.
Filiação de Tarcízio Pimenta – Lupi disse que Tarcízio será, quando oficialmente filiado, ma das principais lideranças do PDT. “Nos honra muito a filiação dele ao partido, é uma cidade estratégica na Bahia, o prefeito tem realizado uma administração muito profícua e tenho certeza que isso vai engrandecer os quadros do PDT”, avaliou.
Sobre as discordâncias dentro da própria legenda, com a manifestada insatisfação do senador João Durval a filiação tarcizista, Lupi colocou “panos quentes” na polêmica e disse que o senador sabe da necessidade que a legenda tem de crescer. “É uma referência há mais de 15 anos no partido no estado da Bahia, é meu amigo pessoal , um político que tem sensibilidade social e todas as decisões vamos conversar com ele”, garantiu o presidente licenciado da legenda.
Crescimento da geração de emprego na cidade – O ministro também comentou a crescente geração de emprego que o município vem passando. “O emprego é o que dá dignidade, cidadania, o que levanta a auto-estima do trabalhador”, disse. De acordo com o ministro, nos primeiros seis meses forma gerados 1,5 milhão de empregos.
Corrupção – Sobre os últimos casos de corrupção, que envolveram o Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o ministro disse que a presidente Dilma Rousseff está tomando as providências necessárias que sendo comprava as irregularidades ele é favorável a demissão dos envolvidos. “Nós não temos conivência com nenhuma corrupção”, afirmou.
Desvios de verba do MTE – Foi divulgado na impressa nacional essa semana que a Polícia Federal investigou um desvio de R$ 11,5 milhões, repasse do Ministério do Trabalho e Emprego e que essa verba foi destinada a quatro entidades supostamente fantasmas. O ministro declarou que a o pedido de investigação partiu do próprio ministério e que este não é responsável por entidades que fazem as políticas públicas. “Apenas repassamos, após a licitação, para a que os órgãos executem. A PF já está agindo e posso garantir que muita gente vai para a cadeia”, esclareceu Carlos Lupi.
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