Em congresso na Espanha, presidente do PDT critica teto de gastos brasileiro para investimento social

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi eleito vice-presidente mundial da Internacional Socialista (IS). A definição ocorreu neste sábado (26), após votação no XXVI Congresso da organização política, que ocorre em Madri, na Espanha. 

Integrante do Comitê para América Latina e Caribe, Lupi agradeceu o apoio dos representantes de partidos filiados para  viabilizar o ingresso na nova diretoria, que terá na presidência Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), e Benedicta Lasi, de Gana, como secretária-geral.

“É com muita satisfação que iniciarei esta nova missão com o apoio dos companheiros da IS. Como no PDT, será uma atuação baseada no diálogo integrador”, destacou, ao relembrar o “Prêmio Solidário” entregue ontem (25) para o seu partido pelo apoio e comprometimento com a entidade progressista. 

“Poderemos avançar em pautas socioeconômicas que evoluíram ao longo da última gestão, com o presidente George Papandreou e o secretário-geral Luiz Ayala. Em consonância, seguiremos vigilantes para continuar enfrentado retrocessos estimulados, principalmente, pela extrema direita em todo o mundo”, completou. 

Transformação 

Sobre a conjuntura brasileira, Lupi criticou a política econômica neoliberal do governo Bolsonaro. Para o pedetista, é um “descalabro ter teto de gastos para investimentos sociais”.

“Não podemos, como organismo que defende o socialismo democrático, assistir passivamente milhões de serem humanos morrerem de fome e nossos governos se submeterem ao teto de gastos imposto pelo sistema financeiro que, cada vez mais, concentra renda na mão de poucos enquanto milhões morrem de fome”, relatou, ao mencionar a concentração de renda: “No meu Brasil, as cinco maiores fortunas equivalem aos recursos de 100 milhões de brasileiros”. 

Para transpor retrocessos vigentes e garantir uma nova tendência para as políticas públicas, Lupi reforçou a confiança nas gestões dos presidentes eleitos do Brasil e da IS, Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Sánchez, respectivamente. 

“Esperança e apoio para que Lula, no Brasil, represente esta superação de visão e que o nosso querido presidente da IS, Pedro Sánchez, nos ajude a colocar a organização  na vanguarda desta luta”, disse. 

Com encerramento programado para amanhã (27), o evento conta também com as participações pedetistas da vice-presidente nacional Miguelina Vecchio; do tesoureiro nacional, Marcelo Panella; da deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Juliana Brizola, e dos vereadores de Porto Alegre (RS) e Carlos Barbosa (RS), Márcio Bins Ely a Lucilene Marchi, respectivamente.