Transcendendo a morte, ele está presente em todas as ações trabalhistas pelo Brasil
Em 2004, perdemos Brizola. Mas o verbo correto a ser usado não seria “perder” e sim “reter”. Retemos muito do que Leonel Brizola nos ensinou em tantos anos de vida pública, servindo ao país e ao povo sofrido desse Brasil. As lutas que o PDT trava hoje são as mesmas iniciadas pelo líder trabalhista ou desdobramento delas. Ou seja, Brizola ainda está presente.
Em vida, o gaúcho, herdeiro do Trabalhismo de Getúlio Vargas e João Goulart, nos passou grandes lições direta e indiretamente. De forma direta aprendemos que é preciso servir aos mais humildes e necessitados, lutar por justiça e igualdade social, a fim de promover o desenvolvimento para todos. Indiretamente nos mostrou que vale entregar a vida por uma causa.
Não faltam exemplos: o governo no Rio Grande do Sul; a resistência ao golpe militar com a Campanha da Legalidade de 1961; o combate incansável à ditadura; a inclusão promovida pelos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) e por seus governos no Rio de Janeiro; a luta pelas mulheres, pelos negros e pelos indígenas; o fomento à soberania e ao desenvolvimento.
De olho na economia, na saúde financeira do Estado e no mercado, Brizola sempre colocou o povo à frente em seus governos e mostrou que cuidar da área social não é gasto, é investimento. Seus ensinamentos hoje refletem na gestão de Carlos Lupi no Ministério da Previdência Social, que revoluciona a Pasta com uma condução mais humanizada e garantindo direitos.
Portanto, falar na morte de Brizola é desconsiderar sua presença no Trabalhismo, nas gestões e nos legisladores trabalhistas pelo Brasil e no próprio PDT. A verdade é que Brizola não morreu; parafraseando Guimarães Rosa: Ficou encantado.