Nesta semana, o Presidente da República fez mais uma declaração polêmica a respeito das queimadas na Amazônia, tentando novamente jogar a culpa para ONG’s, e enquanto isso, as ações necessárias para impedir tal ação contra esse bioma tão importante para o território brasileiro não é realizada.

As queimadas são criminosas sim, e acontecem todos os anos, mas com o discurso que o atual presidente mantém, os fazendeiros e grileiros de terra se sentem com mais poder para realizá-las, pois sabem que a fiscalização ambiental está cada vez menor, e que saíram impunes.

Grileiros de terras são pessoas que retiram a proteção ambiental federal das áreas por meio do desmatamento ilegal, e queimadas. Isso ocorre devido ao fato de que áreas de vegetação natural que ainda não tem “dono” são pertencentes à União, e o processo de aquisição dessas terras são onerosas e burocráticas e muitas das vezes um povo tradicional vive ali, mas ainda sem terras demarcadas por meio da criação de unidade de conservação.

E enquanto isso esses povos Amazônicos são atacados, e tem suas vidas ameaçadas, além do fim da sua cultura por esses grileiros. Os extrativistas podem ficar sem área para fazer a extração de produtos florestais não-madeireiros (frutos, óleos, látex, sementes, e cipós), pescadores sem área de pesca, e a população da área urbana também sofrendo com o aumento da criminalidade, pois afeta a área rural também, aumentando o conflito agrário, falta de empregos, economia não girando, e etc..

As principais queimadas aconteceram no município de Altamira, que sofre desde 2010 com aumento de criminalidade, retirada de produtores familiares das suas terras, moradores ribeirinhos de suas residências, superlotação, e todos esses impactos causados pelo início da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

O Meio Ambiente tem que parar de ser visto como inimigo, muito pelo o contrário, ele é nosso amigo, e somos 100% dependentes dele, tudo que conhecemos só existe devido aos recursos naturais, e se não cuidarmos deles nossa existência acaba também.
Todos precisamos nos unir por um desenvolvimento que olhe para o meio ambiente, pelo o bem-estar de todos.

*Rylla Bryanne Moraes é presidente estadual do movimento Ecotrabalhismo do PDT no Rio de Janeiro