Bloco acumula forças para 2010

    
Pelas evidências, pode-se afirmar que os partidos integrantes do bloco de esquerda, o chamado bloquinho que integra a aliança partidária de sustentação ao governo Lula, estão bem adiantados, mais do que quaisquer outros, na preparação de sua estréia eleitoral como uma força unida na sucessão municipal de 2008.
Há uma estratégia em plena execução. Primeiro, os líderes dos partidos que formam o bloco viajaram pelo país divulgando sua iniciativa. O bloco já foi lançado em São Paulo, no Rio, em Belém, em Porto Alegre, em Cuiabá, Florianópolis e, amanhã, será apresentado a Salvador. Outras capitais estão na agenda.
Ao mesmo tempo, os principais políticos do grupo empenham-se para erguer candidaturas a prefeito, sem preocupações de fazer a unidade agora mas tendo no
horizonte uma candidatura única, em cada cidade definida pelo planejamento eleitoral do bloco.
Integram o bloquinho o PSB (com 30 deputado), PDT (24 deputados), PCdo B (13 deputados), PMN (5 deputados), PRB (3 deputados), PHS (2 deputados). Em São Paulo, capital, já estão em processo de construção as candidaturas a prefeito de Aldo Rebelo
(PCdoB), Paulo Pereira da Silva ( P DT ) e Luiz Erundina (PSB). No Rio, há Jandira Feghalli (PCdoB), Carlos lessa (PSB) e Marcelo Crivella (PRB).
Em Porto Alegre, existem por enquanto as pré-candidaturas de Manuela D"Ávila (PCdoB) e Beto Albuquerque (PSB). O P DT provavelmente terá um candidato. Em Salvador, estão postas as candidaturas do apresentador de televisão Varella (PRB), Lídice da Mata (PSB), e S everiano ( P DT ) .
A esquerda terá sete minutos na televisão Todos os partidos do bloco concordam com a idéia de que sairão com candidaturas tão
mais fortes quanto conseguirem apresentar um candidato só. Os critérios para a opção, que deve ser feita por volta de maio de 2008, são muitos e não são rígidos.
O deputado Aldo Rebelo afirma que não haverá critérios absolutos, mas acha que um deles será a definição do nome levando-se em conta aquele que tenha mais unidade dentro do bloco. Outra forma de composição, que se soma à primeira, é a pesquisa sobre aceitação do nome entre os eleitores. Quem tiver maior aceitação reunirá melhores condições de ter sucesso na campanha. Um terceiro critério pode ser o da disposição das candidaturas pelas capitais, de forma a permitir que cada partido do bloco tenha possibilidades de apresentar candidatos ao país.
O deputado Márcio França (PSB-SP), que estuda a distribuição nacional das candidaturas em formação no bloco, afirma que, separados, os partidos têm alguma força, mas juntos têm uma força que se equilibra à dos grandes partidos, como PT e PSDB. O bloco, diz, poderá ter, como os grandes, 7 minutos de tempo eleitoral gratuito na televisão, em cada município, enquanto que, isoladamente, os candidatos dos partidos maiores do bloco teriam apenas 2 minutos cada um.
Márcio França acrescenta, aos critérios já descritos para a escolha, a regra de cada partido manter o espaço que já possui. Por exemplo: o PSB já tem as prefeituras de Natal, João Pessoa e Manaus. O natural é que os prefeitos dessas capitais disputem a reeleição. Campinas, em São Paulo, já é do P DT , e é natural também que o partido queira continuar controlando esta prefeitura. É claro que isto não é algo de precisão matemática, mas um começo de conversa, maleável, para costurar acordos.
Se a prefeitura não estiver sob o comando de algum partido do bloco, os candidatos disputarão uma prévia em maio de acordo com aquela sucessão de critérios. E se não houver candidato viável de nenhum dos partidos do bloco, todos apoiarão alguém da base do governo. A tendência maior, porém, é de dispersão da base, pois as eleições municipais são consideradas acumulação de forças para a sucessão presidencial de 2010, e poucos crêem em um candidato único da aliança lulista.
Com exemplos, Márcio França mostra ensaios sobre a prefeitura de São Paulo. Se os candidatos forem Gilberto Kassab (DEM), e Arlindo Chinaglia (PT), um candidato do bloco pode ir ao segundo turno. Se as três candidaturas do bloco, postas hoje, não se unirem, não haverá chance para nenhuma delas, assinala. Se houver um candidato forte do PSDB e um forte do PT, como seriam Geraldo Alckmin e Marta Suplicy, ainda em São Paulo, a situação do bloco fica mais difícil. 

O bloquinho concentrou sua estratégia em três faixas de eleitorado: grandes cidades ou capitais, cidades onde haverá segundo turno (com mais de 200 mil eleitores), e cidades acima de 100 mil eleitores. O bloco está trabalhando para conquistar entre 8 e 9 prefeituras de capitais, entre 20 e 30 prefeituras de cidades com mais de 200 mil eleitores e entre 20 e 30 prefeituras de cidades com mais de 100 mil eleitores. Estas cerca de 50 ou 60 prefeituras estão entre 150 grandes cidades do espectro das metas do bloco. Mas a disputa se dará em centenas de outros municípios. Só no estado de São Paulo o bloco disputará 300 prefeituras. -

Valor Econômico

    
Pelas evidências, pode-se afirmar que os partidos integrantes do bloco de esquerda, o chamado bloquinho que integra a aliança partidária de sustentação ao governo Lula, estão bem adiantados, mais do que quaisquer outros, na preparação de sua estréia eleitoral como uma força unida na sucessão municipal de 2008.
Há uma estratégia em plena execução. Primeiro, os líderes dos partidos que formam o bloco viajaram pelo país divulgando sua iniciativa. O bloco já foi lançado em São Paulo, no Rio, em Belém, em Porto Alegre, em Cuiabá, Florianópolis e, amanhã, será apresentado a Salvador. Outras capitais estão na agenda.
Ao mesmo tempo, os principais políticos do grupo empenham-se para erguer candidaturas a prefeito, sem preocupações de fazer a unidade agora mas tendo no
horizonte uma candidatura única, em cada cidade definida pelo planejamento eleitoral do bloco.
Integram o bloquinho o PSB (com 30 deputado), PDT (24 deputados), PCdo B (13 deputados), PMN (5 deputados), PRB (3 deputados), PHS (2 deputados). Em São Paulo, capital, já estão em processo de construção as candidaturas a prefeito de Aldo Rebelo
(PCdoB), Paulo Pereira da Silva ( P DT ) e Luiz Erundina (PSB). No Rio, há Jandira Feghalli (PCdoB), Carlos lessa (PSB) e Marcelo Crivella (PRB).
Em Porto Alegre, existem por enquanto as pré-candidaturas de Manuela D”Ávila (PCdoB) e Beto Albuquerque (PSB). O P DT provavelmente terá um candidato. Em Salvador, estão postas as candidaturas do apresentador de televisão Varella (PRB), Lídice da Mata (PSB), e S everiano ( P DT ) .
A esquerda terá sete minutos na televisão Todos os partidos do bloco concordam com a idéia de que sairão com candidaturas tão
mais fortes quanto conseguirem apresentar um candidato só. Os critérios para a opção, que deve ser feita por volta de maio de 2008, são muitos e não são rígidos.
O deputado Aldo Rebelo afirma que não haverá critérios absolutos, mas acha que um deles será a definição do nome levando-se em conta aquele que tenha mais unidade dentro do bloco. Outra forma de composição, que se soma à primeira, é a pesquisa sobre aceitação do nome entre os eleitores. Quem tiver maior aceitação reunirá melhores condições de ter sucesso na campanha. Um terceiro critério pode ser o da disposição das candidaturas pelas capitais, de forma a permitir que cada partido do bloco tenha possibilidades de apresentar candidatos ao país.
O deputado Márcio França (PSB-SP), que estuda a distribuição nacional das candidaturas em formação no bloco, afirma que, separados, os partidos têm alguma força, mas juntos têm uma força que se equilibra à dos grandes partidos, como PT e PSDB. O bloco, diz, poderá ter, como os grandes, 7 minutos de tempo eleitoral gratuito na televisão, em cada município, enquanto que, isoladamente, os candidatos dos partidos maiores do bloco teriam apenas 2 minutos cada um.
Márcio França acrescenta, aos critérios já descritos para a escolha, a regra de cada partido manter o espaço que já possui. Por exemplo: o PSB já tem as prefeituras de Natal, João Pessoa e Manaus. O natural é que os prefeitos dessas capitais disputem a reeleição. Campinas, em São Paulo, já é do P DT , e é natural também que o partido queira continuar controlando esta prefeitura. É claro que isto não é algo de precisão matemática, mas um começo de conversa, maleável, para costurar acordos.
Se a prefeitura não estiver sob o comando de algum partido do bloco, os candidatos disputarão uma prévia em maio de acordo com aquela sucessão de critérios. E se não houver candidato viável de nenhum dos partidos do bloco, todos apoiarão alguém da base do governo. A tendência maior, porém, é de dispersão da base, pois as eleições municipais são consideradas acumulação de forças para a sucessão presidencial de 2010, e poucos crêem em um candidato único da aliança lulista.
Com exemplos, Márcio França mostra ensaios sobre a prefeitura de São Paulo. Se os candidatos forem Gilberto Kassab (DEM), e Arlindo Chinaglia (PT), um candidato do bloco pode ir ao segundo turno. Se as três candidaturas do bloco, postas hoje, não se unirem, não haverá chance para nenhuma delas, assinala. Se houver um candidato forte do PSDB e um forte do PT, como seriam Geraldo Alckmin e Marta Suplicy, ainda em São Paulo, a situação do bloco fica mais difícil. 

O bloquinho concentrou sua estratégia em três faixas de eleitorado: grandes cidades ou capitais, cidades onde haverá segundo turno (com mais de 200 mil eleitores), e cidades acima de 100 mil eleitores. O bloco está trabalhando para conquistar entre 8 e 9 prefeituras de capitais, entre 20 e 30 prefeituras de cidades com mais de 200 mil eleitores e entre 20 e 30 prefeituras de cidades com mais de 100 mil eleitores. Estas cerca de 50 ou 60 prefeituras estão entre 150 grandes cidades do espectro das metas do bloco. Mas a disputa se dará em centenas de outros municípios. Só no estado de São Paulo o bloco disputará 300 prefeituras. –

Valor Econômico