O deputado federal Barbosa Neto (PDT/PR) disse que não pôde acompanhar o julgamento de Antonio Belinati no TSE, mas saiu abertamente em defesa do pepista. Quem deveria assumir é o Belinati. Não adianta querer ganhar no tapetão. Belinati tem a minha solidariedade, declarou ele. Sobre a última medida tomada pelo tucano Luiz Carlos Hauly, que pediu sua diplomação como prefeito de Londrina à Justiça Eleitoral local, Barbosa Neto afirmou que condena qualquer tipo de ação que não venha da legitimidade popular. Não vivemos mais na época da ditadura. É preciso ter respaldo da sociedade, reforçou o pedetista.
Em relação à possibilidade de um novo segundo turno – entre ele e Hauly -, Barbosa Neto afirma que permanece cauteloso. E explica: ainda que o TSE tenha indicado tal alternativa nos municípios onde o candidato mais votado teve o registro cassado, não há nada decidido. São apenas sinalizações. Vou aguardar, disse ele. Apesar da postura favorável a Belinati, o que indica os aliados que pode fazer num eventual novo pleito, o pedetista garante que o assunto não se tornou prioridade. Eu não estou me movimentando, ao contrário do Hauly. Continuo neutro, trabalhando em Brasília, afirma ele. Ontem, a Reportagem tentou contato com Hauly, que estava em viagem de trabalho em Miami, mas não obteve sucesso.
Janaina Garcia – Conforme a decisão sob a consulta do Piauí, ficou definido que o artigo 224 do Código Eleitoral deve ser aplicado ao segundo turno das votações apenas em municípios com mais de 200 mil eleitores. Assim, a anulação dos votos devido ao indeferimento de registro de candidatura se dá para o primeiro e o segundo turno, com o posterior recálculo do primeiro turno para saber se há ou não a necessidade de realização de um novo segundo turno. Com os os votos do segundo turno anulados, Belinati viu os 98.432 votos do primeiro turno passarem pelo mesmo processo – e como excetuando-se esse número do total restante de votos válidos (sobram 172.148), os 63.891 votos de Luiz Carlos Hauly (PSDB), segundo colocado, garantem ao tucano apenas 37,11% do total, ou seja, percentual abaixo dos 50% mais um que dispensariam necessidade de novo segundo turno entre ele e o terceiro colocado, Barbosa Neto (PDT).