Ação é parte da luta liderada pelo pedetista pelo Pantanal na Assembleia Legislativa do estado
Em ofício protocolado nessa quarta-feira (27), o deputado estadual Allan Kardec cobrou da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra) a criação urgente de um plano de providências para a situação da Baía de Chacororé, que está sofrendo uma drástica seca em pleno período das águas no Pantanal mato-grossense.
No último dia 15, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso realizou uma diligência até o local, sob a liderança de Kardec, para averiguar a situação. Entre os fatores inicialmente identificados estão o aterramento de corixos para criação de estradas ou infraestrutura de fazendas, a drenagem de água das nascentes para agropecuária e até atividades ilegais de garimpo e mineração.
A região, que deveria ter 11 mil hectares alagados, perdeu quase a totalidade da sua capacidade, e a área que antes era um berçário para peixes durante a reprodução, se transformou em pasto para o gado. O cenário foi descrito pelo deputado como uma “catástrofe ambiental”. Outras instituições têm se mobilizado também, como o Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Juizado Volante Ambiental, prefeituras e câmaras municipais, OAB e Governo do Estado.
Kardec tem se destacado pela liderança, na Assembleia Legislativa, dos debates em torno da região do pantanal desde o período das queimadas. “O nosso mandato tem um compromisso com a defesa do meio ambiente e das populações tradicionais, especialmente na região do pantanal que foi onde vivi minha infância”, afirmou o deputado.
De acordo com Allan, qualquer obra de infraestrutura ou atividade industrial que impacte o meio ambiente na região do Pantanal, como a construção de usinas hidrelétricas, PCHs ou rodovias, deve passar por um amplo estudo de impacto e debate com a sociedade. “Sou absolutamente contra a instalação de pequenas centrais hidrelétricas nos rios que abastecem o Pantanal, pelo alto impacto na fauna, flora e na vida das populações pantaneiras”, finalizou Kardec.