Esse país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza denominado Brasil, vive hoje uma verdadeira crise de hipocrisia com uma das piores elites falsa e moralista de todo o mundo.
A farsa do discurso pueril de combate à corrupção desmascara as faces mais infaustas de uma casta social que coexiste de privilégios e de moralismo seletivo.
Temos uma imensa capacidade de dissimular, aparentar, disfarçar, fingir, simular aquilo que deveríamos nos envergonhar e ser conservado, que é a mão que rouba ou mata, ou a boca que jura em pérfido, mas temos uma modéstia muito grande, e muita gente mais ainda para esconder os verdadeiros desígnios.
A hipocrisia é algo que está fora e não deveria. É o retrato mais fiel do embuste da alma, e a acepção mais fiel da desonestidade.
Veja o caso da síntese mais fiel da corrupção e da picaretagem pátria que temos notícia hoje, que é o caso do deputado Eduardo Cunha.
Onde está a indignação pátria?
Por onde andam as madames paneleiras das varandas gourmet das grandes capitais?
Por onde anda o justiceiro juiz Sergio Moro?
Por que o STF tem tido tanta complacência com esse delinquente?
Cadê os partidos políticos em especial o PMDB, PSDB, DEM?
Por que o presidente interino Michel Temer tenta ajudá-lo?
Perguntas sem respostas? Ou perguntas inconvenientes que atingem a hipocrisia pátria?
Esta questão demonstra que nossa indignação ética e moral sofre de relativismo. Este conceito define que o que é verdadeiro para uma pessoa, pode ser falso para outra. O que acontece é que, o que é verdadeiro em determinada situação, em outra situação pode ser falso.
Identifica-se aí uma profunda frouxidão ética e moral que representa a mais adjeta hipocrisia e farsa que se pode ter.
Princípios pétreos não são suscetíveis de relativismo ou de dissimulação, ou simplesmente de embuste.
A ética tem por característica conceitos universais, inegociáveis, sem relativismo por não aceitar flexibilidade. Esses princípios não possuem fronteiras, nacionalidade, ou questões culturais.
Um destes preceitos é a questão da honestidade. Não existe meio ladrão, embusteiros ou golpistas. Estes tipos são ladrões, embusteiros, golpistas no Brasil, na Ásia, na Europa, na África, em qualquer lugar do mundo.
O relativismo moral e ético escondem o verdadeiro objetivo que está em jogo hoje no Brasil, que não tem nada absolutamente nada, de combate à corrupção ou passar o país a limpo, o que se disputa mesmo é o poder pelo poder.
O discurso moralista de ética seletiva ou de relativismo de conceitos atristas escondem a face hipócrita dos despossuídos de pudores e escrúpulos que não se conformam em perder privilégios.
Isto é o que verdadeiramente tem norteado nosso país que necessita urgentemente de reformas e de firmeza em seus valores.
Afinal, vivemos a era da hipocrisia pátria.