O deputado estadual Carlos Pimenta (PDT-MG), presidente da Comissão de saúde, participou na semana passada, de Reunião Especial de Plenário que recebeu o ex-deputado estadual e ex-secretário de saúde, Antônio Jorge, que afirmou que é preciso aumentar a testagem entre a população para reduzir a subnotificação da Covid-19. Além dos próprios questionamentos, Carlos Pimenta, presente no plenário, reportou, também, questionamentos e posicionamentos de outros colegas que não se pronunciaram, como os participantes do Bloco Sou Minas Gerais.
Durante a reunião, Antônio Jorge explicou que a subnotificação acontece em função do baixo número de testes em Minas Gerais. De acordo com o ex-parlamentar, o Estado apresenta o segundo pior desempenho em notificações no País. Ele foi confrontado com os números apresentados pelo presidente da Comissão de Saúde em relação à incidência de síndrome de deficiência respiratória– um dos sintomas mais graves da Covid-19.
“No ano passado, foram registradas 200 mortes provocadas pela síndrome; neste ano, até este mês, o número subiu para 1,5 mil. Qual a causa do aumento súbito de tantas mortes nessa síndrome”, questionou Pimenta.
Recursos
Outro assunto discutido na reunião foi com relação aos recursos destinados à pandemia. Carlos Pimenta alertou diretamente os prefeitos e secretários municipais quanto a aplicação dessas verbas. Ele ressaltou a quantidade de decretos de calamidade pública que estão sendo aprovados na casa, uma média de 50 decretos por semana, que permiti a flexibilização orçamentária, e que portanto, exige muito cuidado. “Se aplicados de forma incorreta, dará muita dor de cabeça posteriormente”, acredita.
O presidente Carlos Pimenta lembra que, ao receberem os recursos destinados às ações do coronavírus, muitos prefeitos podem se precipitar em comprar respiradores, medicamentos, insumos e equipamentos, mas não podem fazer o que quiserem. Ele cita que tem confiança nos prefeitos mineiros, mas afirma que se não tiver cuidado.
“O menor município de Minas Gerais, que não tem nenhuma estrutura de saúde está recebendo quase 600 mil reais, do Governo Federal e do Estado de Minas Gerais. É dinheiro do povo brasileiro, é dinheiro que se não for bem empregado, vai fazer falta e trazer dificuldades maiores para a nossa população”, finalizou.