6º Congresso Nacional do PDT tem início com homenagem ao Rio Grande do Sul e a Manoel Dias


Por Wellington Penalva
23/05/2024

Evento acontece até o dia 25 e vai definir as novas diretrizes de atuação partidária

 

“O Brasil hoje é o Rio Grande!”. Com essa afirmação, o ministro da Previdência Social e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, abriu o 6º Congresso Nacional do partido, na sede nacional, em Brasília. O desastre no Sul do país tem sido visto com muita preocupação pelos pedetistas e também é pauta do encontro. O evento reúne pedetistas de todo o Brasil, entre os dias 23 e 25 de maio, e, dentre outras atividades, vai definir as diretrizes partidárias para a atuação da legenda nos próximos anos.

A tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul nas últimas semanas abalou o PDT. As raízes históricas do partido estão fincadas neste estado da Federação. Foi de lá que surgiram as três maiores lideranças trabalhistas da história: Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Por isso, o 6º Congresso fez questão de abordar o tema, cobrar atitudes das autoridades responsáveis e reiterar a importância fundamental da região.

Emocionado, o deputado federal líder do partido na Câmara, Afonso Motta, deixou sua mensagem. “Fala aqui um gaúcho que traz a dor do sofrimento da tragédia, da perda das vidas de um povo. Fala aqui um gaúcho que tem muito orgulho por ter as suas referências, não só políticas de compreensão do mundo, mas referências da vida a quem também tem um conjunto de procedimentos e comportamentos inspirados pelo Trabalhismo”, afirmou.

Com o tema central “Democracia Trabalhista: O Brasil do futuro”, o encontro pedetista vai reafirmar a identidade partidária por meio de debates e formulação de diretrizes que serão chanceladas ao fim do evento, no sábado. Ao longo do Congresso, 12 grupos de trabalho darão os toques finais em seus relatórios, a partir de um amplo debate. Áreas como Trabalho, Saúde, Educação e Meio Ambiente terão um manual de ação e atuação trabalhista a serem seguidos pelos gestores públicos do partido.

Idealizador deste Congresso, o presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), Manoel Dias, fez uma declaração fundamental sobre o papel do PDT no Brasil. “O Brizola, quando criou o PDT, disse: ‘nós vamos criar um partido não para legitimar essa democracia burguesa, mas para organizar o povo brasileiro por meio de núcleos de base. Porque, sem que o povo esteja organizado, nada mudará no Brasil’”, rememorou o líder trabalhista.

Diante do auditório lotado, o ministro Carlos Lupi lembrou aos presentes que este movimento de fortalecimento partidário vem para dar ainda mais fôlego ao partido, reavivando a sua história e imprimindo sua ideologia. De acordo com o pedetista, “estamos trabalhando no presente, inspirados no passado, para construir um melhor futuro”.

“Estamos aqui reunidos porque sabemos que o Trabalhismo é um caminho necessário para a sociedade brasileira. Nós temos história, um legado de luta que nenhum outro partido no país carrega. Por isso, hoje iniciamos um novo ciclo trabalhista de atuação para tornar o Brasil um país verdadeiramente justo, igualitário com oportunidade para todos”, afirmou Lupi.

Amanhã, o Congresso continua com sua parte mais sensível: a reunião dos 12 GTs. Cada grupo se reunirá em uma sala de comissão da Câmara dos Deputados para deliberar as diretrizes de atuação partidária. O resultado desses encontros será um relatório final unificado que será submetido a aprovação no último dia do evento.