Nesta terça-feira, 25 de julho, celebra-se uma conquista do Movimento Negro e, também, do movimento pela igualdade de gênero e pela emancipação da mulher. Comemoramos hoje o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído pela Lei 12,987, sancionada no dia 2 de junho de 2015.
Até a sanção da lei, o Brasil era o único país da América Latina que não comemorava oficialmente, em 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
O dia nacional instituído neste ano, além do reconhecimento à data internacional, é uma homenagem e uma aula de história que precisa ser contada e jamais esquecida.
Liderança Quilombola
Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola, mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho (ou Quariterê), em Guaporé, próximo à fronteira do estado do Mato Grosso com a Bolívia.
Sob a liderança da Rainha Teresa, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770.
Marco internacional da luta e da resistência da mulher negra, a data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o primeiro encontro de mulheres afro-latino-americanas e afro-caribenhas, em Santo domingos, República Dominicana.
A todas as companheiras em luta por uma sociedade justa e livre de opressão, nossos cumprimentos.
*Ivaldo Paixão é presidente do Movimento Nero do PDT.