Lançamento da cartilha de Francisco Julião em Natal contou com palestra do CMT

O ciclo de lançamentos da cartilha Francisco Julião chegou neste sábado (7) à capital do Rio Grande do Norte. Realizado no Monza Palace Hotel, em Natal, o evento reuniu filiados, convidados e integrantes do PDT para mais uma etapa do projeto Memórias Trabalhistas, coordenado pela Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e pelo Centro de Memória Trabalhista (CMT).

A atividade contou com palestra do sociólogo Henrique Matthiesen, coordenador nacional do CMT e organizador editorial da cartilha. Em uma abordagem sensível e politizada, Matthiesen destacou a importância histórica das Ligas Camponesas e a atualidade das ideias defendidas por Francisco Julião, símbolo da resistência popular e da luta pela reforma agrária no Brasil.

“O lançamento da cartilha no Rio Grande do Norte foi um momento de reflexão com a militância pedetista do estado. Um reencontro com as figuras históricas do Trabalhismo e, ao mesmo tempo, uma reafirmação das nossas bandeiras e das lutas que seguimos travando. É em exemplos como o de Julião que encontramos inspiração para a ação política de hoje e para fortalecer o genuíno Trabalhismo brasileiro”, contou o coordenador do CMT.

Com apoio do PDT-RN, o evento teve a organização da presidente estadual do partido, Márcia Maia, que destacou a relevância histórica e prática da atividade, tanto para a preservação da memória quanto para a formação de novos quadros.

“Eventos como esse alimentam a consciência crítica da militância e fortalecem a identidade ideológica do partido, promovendo um engajamento mais qualificado e coerente com o legado de líderes como Francisco Julião, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e Wilma de Faria (1ª prefeita de Natal pelo PDT)”, afirmou a presidente pedetista.

A publicação faz parte da série Memórias Trabalhistas e reúne textos de Carlos Lupi, André Figueiredo e Manoel Dias, além de registros históricos, discursos e análises sobre a atuação de Julião como advogado, deputado federal e líder das Ligas Camponesas nas décadas de 1950 e 1960.

Mais do que uma homenagem, a cartilha tem sido apresentada em diversos estados como ferramenta de formação política, resgatando experiências populares que moldaram a história do Trabalhismo brasileiro. Em cada lançamento, o projeto tem buscado estimular o debate crítico e a valorização das lutas sociais no campo e na cidade.