PDT Paraná lança plano de paridade de gênero e representatividade de pessoas negras e indígenas nas executivas municipais


11/04/2023

O PDT Paraná deu início à implementação de um plano de paridade de gênero e representatividade de pessoas negras e indígenas nas comissões executivas municipais. O objetivo deste, que é o primeiro ato da nova Comissão Executiva Estadual, é garantir à população negra, indígena e às mulheres o protagonismo dentro da estrutura partidária.

O presidente do PDT Paraná, deputado Goura, afirmou que o momento exige decisões políticas firmes e coerentes. “A nova Comissão Executiva estadual está atenta e comprometida em honrar a história do Partido Democrático Trabalhista e trabalhar ativamente para que o partido acompanhe a vanguarda das lutas no campo democrático e progressista”, frisou.

A paridade de gênero dentro do partido tem sido defendida já há bastante tempo pela AMT Nacional, com a liderança da presidente, Miguelina Vecchio e da AMT do Paraná, através de sua presidente, Ana Moro, em conjunto com a Secretária Estadual do Movimento Negro, Eliza Ferreira da Silva, que vem pautando a representatividade negra nas executivas municipais e estadual do Paraná. Para ampliar essa construção, a vice-presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), professora Desiree Salgado, propôs um grande pacto entre as lideranças para que o plano seja amplamente viabilizado nos municípios com acompanhamento de índices de participação.

“O PDT sempre se preocupou com a igualdade e a participação de todas as pessoas nos espaços públicos. Assim está na Carta de Lisboa, com seus princípios e sua atenção especial às mulheres, às pessoas negras e aos povos indígenas. O Plano de Paridade vem concretizar os princípios partidários nos órgãos de direção, promovendo igualdade nas múltiplas instâncias do partido. Trata-se de democratizar, pluralizar e diversificar a organização partidária”, afirmou Desiree Salgado.

Para Eliza Ferreira, além de garantir a paridade de gênero e a representatividade negra e indígena, esse plano é uma forma de democratizar as decisões do partido especialmente no que tange às eleições. “A gente precisa colocar mulheres que pensem políticas públicas para mulheres, colocar pessoas negras que tenham um letramento racial, que vão realmente fazer essa busca por paridade e equidade racial não só no nosso partido, mas para fora dele também, em todas as instâncias”, destacou Eliza.

A orientação, direcionada a filiados, filiadas e dirigentes, estabelece que todos os órgãos partidários municipais cumpram o Art. 12 o do Estatuto do PDT no que diz respeito ao mínimo de 30% de mulheres, buscando, além disso, a paridade de gênero (50%) e a participação de pessoas negras e indígenas.

Para o cumprimento da determinação, a Executiva Estadual orienta que sejam sempre ouvidas as Executivas dos movimentos partidários pertinentes que estiverem regularmente organizados em cada município.

O acompanhamento do plano de paridade será feito via Secretaria-Geral do partido na efetivação das novas nomeações das Executivas Municipais e na também será elaborado um índice de representatividade que será publicizado pelo partido.

A nova Executiva Estadual, que tomou posse no dia 10 de março, é composta por 16 lideranças, sendo nove homens e sete mulheres, o que faz do PDT um dos partidos com maior proporcionalidade de representação feminina no estado. Nessa nova composição também foram contempladas lideranças negras. O partido trabalha agora para estruturar o Movimento Indígena no estado.