Ex-presidente gastou R$110 mil do cartão corporativo em restaurante popular em um único dia
O PDT entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro, por improbidade administrativa. A ação pedetista, movida hoje (13), acusa ilicitude nos gastos exorbitantes realizado pelo ex-presidente da República ao longo dos quatro anos de governo. Após a quebra do sigilo de 100 anos, os dados do cartão corporativo usado por Bolsonaro foram divulgados na última quarta-feira.
Os valores praticados causaram espanto. Em uma única ida ao restaurante Sabor da Casa, em Roraima – empreendimento pequeno cuja marmita é vendida a R$ 17 –, o então presidente gastou R$ 109.266,00. Já em uma lanchonete na zona sul de São Paulo foram gastos R$ 626 mil, entre 2019 e 2022.
“O caráter dos gastos demonstra nítida ausência de respeito à moralidade administrativa e um acinte à higidez dos gastos públicos. Mais ainda, os atos levados a cabo pelo ex-presidente da República aportam ao cometimento de atos de improbidade administrativa que ensejam inegável prejuízo ao erário”, diz a representação protocolada pelo PDT.
A ação pedetista acusa Bolsonaro de “lançar mão de vultosos valores” para realização de “operações financeiras suspeitas e desproporcionais”. O texto afirma ainda que houve desvio de dinheiro público. “Pode ser observado o cometimento de ilegalidade na realização de atividade funcional, residente em ação dolosa que ensejou, comprovadamente, perda patrimonial e desvio de recursos públicos, facilitando e concorrendo para a indevida incorporação dos valores utilizados por meio do cartão corporativo por terceiros”.
Confira ação abaixo.