Para o presidente do PDT, diálogo e transparência com a sociedade são fundamentais em uma campanha eleitoral bem sucedida
Na entrevista para a TV GGN, nesta quarta-feira (29), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, colocou o plano nacional do PDT, carro-chefe da camanha de Ciro Gomes para a Presidência da República, como uma contraposição viável à vigente política do “toma lá dá cá” no governo federal. “Vamos trabalhar em cima de projetos. O que temos que parar é com a barganha”, disse ao jornalista Luis Nassif.
“A política não pode ser do ‘toma lá dá cá’, do troca-troca. Ela tem que ser com projetos. O único candidato que apresentou projeto, propostas e fez até um livro foi o Ciro Gomes. […] O Projeto Nacional de Desenvolvimento não começou com ele, mas com Getúlio [Vargas] na década de 30”, destacou.
Ao avaliar o impacto de pesquisas eleitorais nas ações do partido, o pedetista sustentou a confiança na estratégia de apresentar um postulante ao Palácio do Planalto que conta com diferenciais competitivos para a disputa.
“Candidato que se desespera com pesquisa não pode ser candidato. Candidato tem que ter projeto e acreditar nas suas propostas. […] Nós somos tão democratas que queremos respeitar a voz do povo. Eu não me guio por pesquisa”, ponderou.
“Como se viabiliza isso [candidatura]? Sentando, dialogando e dando transparência para a sociedade do que ele [Ciro] pretende fazer”, explicou.
Diante da perseguição promovida por Bolsonaro, que é classificado como “aspirante de ditador, homofóbico e racista”, Lupi salientou a coerente posição do PDT a partir da trajetória do trabalhismo.
“Nós somos um partido que é, originalmente, dos cassados pela ditadura de 64. Temos que estar do lado dessa grande massa que é perseguida. […] A sociedade democrática tem que respeitar a liberdade individual de cada um”, justificou.
“Infelizmente tem gente que acredita nele e a gente tem que fazer o contraponto para desmistificá-lo”, completou, em cobrança direta pela responsabilização criminal do atual chefe da União.