Projeto vai envolver primeiro os moradores do Caramujo e depois deve seguir em todo o município

A Prefeitura de Niterói lançou, neste sábado (11), o Programa Social de Neutralização de Carbono na Comunidade do Caramujo. O projeto vai capacitar os moradores para agirem de forma ativa no processo de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cidade. Dentre as medidas estão o plantio de mudas e a realização de palestras e oficinas sobre meios de reduzir o carbono. Os participantes da ação podem ganhar recompensa financeira de acordo com sua atuação.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, ressaltou que o projeto vai educar a comunidade e criar uma nova cultura ambiental na população. “Essa ação também faz um trabalho de educação e de conscientização para uma geração de cidadãos que vai se preocupar com a situação climática e com a sustentabilidade. Pretendemos fazer com que a ação climática seja uma oportunidade de renda para essa população. Queremos ter o papel e o protagonismo de fazer com que essas ações aconteçam na prática”, disse o prefeito.

O Programa Social de Neutralização do Carbono tem como objetivo promover o debate acerca das mudanças climáticas em comunidades de baixa renda e se expandir para outras localidades. O objetivo é atingir toda a cidade como forma de envolver todos os cidadãos com ações concretas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Luciano Paez, secretário do Clima de Niterói, contou que este é um projeto desafiador, que precisa da participação social, e que já está ganhando visibilidade internacional. Ele também lembrou que os efeitos das mudanças climáticas – que, de acordo com estudos, serão mais severos nas áreas urbanas – tem se intensificado cada dia mais.

“Todos nós já estamos sendo afetados pelos eventos extremos que ocorrerão cada vez mais. Nosso objetivo é adaptar a cidade e acolher melhor a população mais vulnerável. Vamos desenvolver premiações ao longo do projeto para famílias que alcançarem as mitigações na redução do carbono seja com plantio, separação de seus resíduos ou compostagem”, explicou Luciano.

Segundo o secretário, Niterói terá a primeira moeda do clima do país, em parceria com a Arariboia – moeda que circula no município e já é aceita em milhares de estabelecimentos. A ideia é criar um banco local que vai organizar todas as etapas do processo e transformar o recurso em Arariboia. A premiação será dividida em quatro áreas – mobilidade, energia, resíduo e compensação – e pode variar de R$ 250 a R$ 750.