Um movimento pela felicidade

Imagem: Pixabay

Por Gabriel Quintão
30/09/2021

“Valorizar a política é valorizar a democracia. Valorizar a democracia é dar voz a todos, especialmente aos que sempre foram silenciados”

 

Tudo é política e ninguém é apolítico. Simples assim. Embora muita gente bata no peito e diga que detesta política, odeia políticos, só vota porque é obrigada e vai anular o voto ou simplesmente justificar a ausência nas próximas eleições, o fato é que mesmo esta rejeição é um ato político.

Eleições são apenas uma etapa de algo maior chamado democracia. Política é algo mais amplo e envolve muito mais fatores do que simplesmente cumprir uma obrigação e comparecer às urnas de dois em dois anos. Saber em quem está votando e cobrar os compromissos dos eleitos deveriam ser deveres maiores até do que o próprio voto.

Cabe aqui ressaltar que defendo plenamente o direito de quem critica a política e entendo a revolta e a frustração de grande parte da população com os nossos políticos. Só que tem o outro lado da história. De vereador a presidente, todos os políticos com mandato foram eleitos pelo povo. Água suja na caixa d’água não dá água limpa na torneira. Se erramos na hora do voto, nós mesmos seremos as vítimas.

Valorizar a política como prática do bem comum é o primeiro passo para mudar esse cenário. Acho muito estranho quando vejo políticos se elegendo falando mal da política. Todos que disputam uma eleição, ou participam de alguma esfera de governo, são políticos. A primeira traição ao eleitor vem exatamente quando o sujeito diz “vote em mim, não sou político”. É como o cara dizer: “vou nadar, mas não vou entrar na água”.

Estou passando por uma experiência fascinante na Prefeitura de Itabira (MG). O prefeito Marco Antônio exige uma atuação coesa de sua equipe, cobra uma presença constante de seu time junto aos territórios da cidade e, diretamente, coordena as ações técnicas e políticas voltadas para melhorar a vida das pessoas. Isso já está fazendo a diferença. As decisões não saem burocraticamente dos gabinetes. São tomadas a partir das ruas da cidade, onde estão os problemas das pessoas, o chamado Brasil profundo. É mágico ver o que as pessoas mais precisam e reivindicam se tornar política pública.

Valorizar a política é valorizar a democracia. Valorizar a democracia é dar voz a todos, especialmente aos que sempre foram silenciados. Tenho uma cabeça cheia de sonhos e os pés firmes no chão. A cada dia acumulo experiências para os novos desafios que virão. Alguns me criticam por ser jovem, como se isso fosse um defeito, quando deveria ser entendido como qualidade.

É aos jovens que o futuro pertence. Desde que esse futuro seja debatido e construído por todos, independentemente da idade cronológica que cada um tenha. É assim que chegaremos à atividade fim da política: um grande movimento, coletivo, para garantir a felicidade das pessoas. Sem a falsa polêmica entre velha e nova política. O que o povo precisa é a boa política. Simples assim.

 

*Gabriel Quintão é secretário de Gestão, Programas e Metas da Prefeitura de Itabira (MG) e membro da direção estadual da Juventude Socialista (JS).