Café com Lupi aborda a necessidade de maior representatividade feminina na política e nos espaços de poder
Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na política. Foi sobre isso que o Café com Lupi tratou neste sábado (11), da necessidade da representatividade feminina nos espaços de poder e da luta que o PDT tem empregado para fazer disso uma realidade. Ao lado do presidente nacional do partido e líder do programa estiveram a vice-presidente nacional da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Kariádine Maia, e a consultora jurídica da AMT Nacional, Marli Mendonça.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 52% da população brasileira é formada por mulheres. No entanto, a representatividade política delas é inversamente proporcional a sua participação populacional. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, elas representam apenas 15% dos integrantes da Casa, o que demonstra uma sub-representação política.
De todo modo, os números apontam para uma evolução, uma vez que a representatividade feminina na política já foi muito menor. O que preocupa é o retrocesso empregado pelo atual governo brasileiro, pautado no sexismo e no machismo, reforçado pelo próprio Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Para Marli Mendonça, o que as mulheres do país vivem hoje é uma retirada de direitos. “O momento é difícil e triste. Nós, mulheres, demoramos anos para conquistar o direito ao voto, a concorrer às eleições e, nesse governo, nesses últimos três anos, temos os nossos direitos violados. A nossa luta que estava em ascensão, em busca de mais direitos, tivemos que parar para segurar o que conquistamos”, lamenta.
Kariádine Maia também deixou claro que a luta precisa seguir adiante e que é fundamental que as mulheres se posicionem politicamente. “Nós precisamos de mais mulheres ocupando espaço de poder. Não é fácil o processo, mas estar na política já representa uma forte resistência e essa resistência tem que ser por todas as mulheres. Precisamos fortalecer essa luta, fazer um chamamento diário a muitas outras mulheres para elas entenderem que é importante elas discutirem política”, afirmou.
A irresponsável gestão da pandemia no Brasil também foi tema da conversa. A situação escolar com suspensão prolongada das aulas por falta de política pública representou mais dificuldade para as brasileiras. As crianças seguiram em casa, muitas vezes sem aula, e as mulheres ficaram engessadas pelo cuidado necessário às crianças.
“Com as crianças não tendo aula, a mãe que trabalha não tem saída porque ela não pode ir trabalhar e deixar o filho sozinho. Então a mulher foi a grande prejudicada pela contaminação, pela doença e pelos filhos que não podem ir para a escola”, afirmou Lupi.
Assista ao vídeo abaixo e saiba tudo o que rolou no Café com Lupi.