Lupi estimula união de partidos democratas para impeachment de Bolsonaro


Da Redação
08/09/2021

Reunião de siglas ocorre após novas ameaças golpistas do presidente da República no 7 de Setembro

Como nova reação às ameaças golpistas do presidente da República, Jair Bolsonaro, que foram reafirmadas durante os atos antidemocráticos no feriado de 7 de Setembro, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, estimula o avanço do impeachment a partir da união de partidos políticos, incluindo os do “centro democrático”. A proposta do pedetista é a realização de um encontro virtual, nesta quarta-feira (8), às 19h, com representantes das siglas.

“Agora é hora de unificar os democratas pelo impeachment de Bolsonaro. Não tem mais conversa fiada. Ele está jogando pela ruptura da democracia, nós temos que jogar a democracia sobre ele”, afirmou, durante entrevista ao O Globo.

“É um chamado aos democratas, a todos os que querem a democracia. Dividir os que defendem a democracia e os que não defendem. Temos que deixar 2022 para 2022”, complementou, na Jovem Pan.

O encontro suprapartidário discutirá, principalmente, a possível mobilização das bancadas em prol do processo de afastamento e deposição do ocupante do Palácio do Planalto. Entre os convidados, os presidentes do Cidadania, Roberto Freire; do PSB, Carlos Siqueira; do PSD, Gilberto Kassab; do DEM, ACM Neto; do MDB, Baleia Rossi; do PT, Gleisi Hoffmann; do PV, José Luiz Penna; do PCdoB, Luciana Santos, do PSOL, Juliano Medeiros, e do Solidariedade, Paulinho da Força.

“A reunião será com todo o centro democrático para discutir um apoio ao impeachment. O presidente atentou contra a democracia, então a resposta da democracia é o impeachment”, justificou, em diálogo com a CNN.

“Na minha avaliação, o impeachment se fortalece muito porque até entre deputados que não são simpatizantes se sentem ameaçados”, acrescentou, na Jovem Pan.

Cenário

Sobre o fomento bolsonarista às tentativas de ruptura, que incluem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, bem como ameaça ao sistema eleitoral, poderes constituídos e Estado Democrático de Direito, Lupi indicou que é uma tentativa de manter inquietos os representantes da extrema-direita.

“É uma estratégia para tentar segurar sua base ‘direitosa’ e raivosa em um momento de inflação descontrolada, crise de energia e desemprego recorde. [Ele está] Com a intenção de fugir desta realidade e garantir a seu público mais fiel. Tudo passará por falta de verdades e competência do seu governo — disse, ao O Globo.

“Começa assim: inflama o seguidor, mira em um ministro, depois se volta contra o Congresso e o golpe se perpetua. Ou a gente acorda e bota o impeachment para andar ou será tarde demais”, concluiu, na Jovem Pan.