Com todos os problemas, com os negacionismos de Estado e a falta de compromisso do governo Bolsonaro com a saúde pública, com os profissionais de saúde e com a ciência, a vacinação dos brasileiros contra a Covid-19 vai avançando. O Brasil já superou a marca de 107 milhões de doses aplicadas. É uma grande vitória do povo brasileiro!
Milhares de profissionais de saúde hoje se esmeram para levar as vacinas ao máximo de pessoas possível. E isso tem feito o nosso povo, tão sofrido e machucado por essa doença terrível, voltar a sonhar com dias melhores.
Mas uma pergunta fica no ar: “E se não tivéssemos o SUS, como seria?”
O SUS é uma conquista do povo brasileiro. Resultado de uma luta de décadas para universalizar a saúde no Brasil e não apenas “ofertar atendimento”, mas que fosse público, gratuito e de qualidade para todos. Os Constituintes de 1988 ouviram o clamor dos que sempre foram alijados do direito universal à saúde.
Sem o SUS, com certeza não teríamos condições de imunizar um país desse tamanho, mesmo tendo profissionais para isso. Nunca um cidadão dos sertões do Nordeste ou dos beiradões da Amazônia teria a possibilidade e a oportunidade em ter atendimento de saúde. Sem o SUS, não teríamos quaisquer programas de imunização e ainda teríamos que conviver com várias doenças já erradicadas através das campanhas de vacinação, tanto para adultos quanto para crianças, idosos e portadores de necessidades especiais. Sem o SUS, não teríamos o melhor programa de tratamento contra a AIDS do mundo. Sem o SUS, milhares de brasileiros ainda morreriam de tuberculose, da Doença de Chagas, entre outras enfermidades. Em suma, sem o SUS não teríamos saúde pública, gratuita e de qualidade para mais de 210 milhões de pessoas.
Ainda há muito o que melhorar, pois a luta é constante pelo fortalecimento do SUS como um todo. Faz-se necessário corrigir a tabela do SUS, melhorar a participação da União no fomento do sistema e corrigir as distorções existentes. O SUS é a maior arma que o Brasil tem contra aqueles que querem transformar a saúde em mercadoria.
O Trabalhismo precisa abraçar esta luta em defesa do Sistema Único de Saúde. Defender e fortalecer o SUS é dar, ao povo brasileiro, a sua dignidade devida. Saúde Pública é um direito universal e o Brasil não pode negar isso ao seu povo, isso desde a medicina preventiva até a alta complexidade.
Viva o SUS! Viva a Saúde Pública Brasileira! Viva os profissionais de saúde do Brasil! Viva a Ciência Brasileira!
*Marcelo Barros é membro do diretório nacional do PDT