Presidente nacional do PDT fez uma análise da recente pesquisa Datafolha em entrevista para Folha
Derretimento de Bolsonaro e crescimento de Ciro Gomes (PDT) para 2022. Essa foi a avaliação do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, sobre a pesquisa Datafolha divulgada na noite dessa quarta-feira (12) durante entrevista para a Folha de São Paulo. Para ele, o presidenciável pedetista, que tem a menor rejeição, mostra potencial para agregar os votos dissidentes da polarização.
“Começa a se construir um segundo turno Lula versus Ciro. É algo que venho falando desde dezembro e que começa a ganhar corpo. Bolsonaro tende a derreter cada vez mais e a representar o espectro mais radicalizado da sociedade, do ódio, da discriminação da direita mais raivosa”, disse.
“Como Moro e Huck não devem ser candidatos, há um grande espaço para o crescimento do Ciro”, valorizou.
Como retrato do momento, a pesquisa indicou Lula (PT) com 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro e 6% de Ciro. No quesito da rejeição, a realidade se inverte. O pedetista apresentou 24%, contra 54% do atual presidente da República, 36% de Lula, 30% de Dória, 29% de Huck e 26% de Moro.
Segundo Lupi, os dados mostram a avalição popular da gestão Bolsonaro, que “atualmente é marcada por descontrole na pandemia, desemprego e crise econômica”, bem como sobre o petista, perante “a anulação de processos na Justiça e o sentimento de que foi vítima de uma injustiça”.
Há uma parcela significativa dos eleitores de 2018, para o presidente pedetista, que declarava maior aversão ao Lula e menor alinhamento ao bolsonarismo.
“Mais anticorrupção e centrista do que direita”, avalia, com o progressivo afastamento de uma base volátil do ex-capitão do Exército.
“São 430 mil mortes. Ninguém pode ser responsabilizado por isso a não ser o Bolsonaro, um negacionista permanente, que continua andando sem máscara, ridicularizando a morte dos brasileiros. A conta está começando a chegar”, concluiu.