Ex-governador do Ceará relembrou engajamento, desde jovem, na luta pelos direitos sociais
“Vamos virar esse jogo. O povo brasileiro é para brilhar, não é para morrer de fome”, disse o pré-candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, em novo episódio da série biográfica “Ciro, o Dever da Esperança”, que foi produzida pelo partido e lançada nesta sexta-feira (7).
“Eu acho que o Brasil não precisava estar passando por esse momento tão sofrido, tão doido, em que essa mistura da vulgaridade do Bolsonaro com as sequelas da Covid, da doença, da notícia de fome explodindo na casa de tanta gente”, opinou, em entrevista para a produtora cultural, Giselle Bezerra.
Ao citar características dos cidadãos, o pedetista projetou, sem “patriotada”, que a nação conseguirá concretizar um novo caminho a partir de 2022, apesar dos contratempos.
“Eu sei que a história brasileira é cheia desses exemplos. Quando o povo brasileiro tem a oportunidade, com essa riqueza física e humana que nós temos, a gente pode, e eu acredito mesmo, que nós vamos, já já, achar o caminho”, indicou.
Perfil
Ao mencionar a carreira de defensor público, advogado e professor do pai, Ciro relatou o impulso para escolher o Direito desde a juventude, apesar do desejo da família pela engenharia.
“Minha vocação para o Direito já estava vista para mim, naquela época, e hoje não tenho nenhuma dúvida de que essa era a minha carreira”, comentou, ao revelar a participação no movimento estudantil.
“Muito, diariamente. Nunca descuidei do estudo, sempre tive as melhores notas, tirei o primeiro lugar no vestibular, mas eu achava, francamente, que era preciso restaurar a condição das liberdades do povo brasileiro, da justiça social, pelo período que eu cheguei na universidade”, pontuou, valorizando também sua carreira nos tribunais e na sala de aula, como professor, desde os 22 anos.
A integração pelas ações organizadas de jovens, como na União Nacional dos Estudantes (UNE), representou, segundo ele, um catalisador não só para sua formação, mas também para a atuação na política como ferramenta de transformação social. Assim, reforçou seu valor pelos elementos da cultura brasileira, como o futebol, a música, o cinema, a culinária e a natureza.
“E aí era militância diariamente. Participei de tudo quanto é retomada das entidades estudantis que tinham sido fechadas. Cheguei a ser candidato na reabertura da UNE. Enfim, teve uma participação muito importante, na minha formação, todo esse trânsito na militância no movimento estudantil”, descreveu.
O perfil se consolidou a partir da formatura na Universidade Federal do Ceará e consequente passagem pelas salas de aula, mas dessa vez como docente.
“A minha relação com meus alunos não podia ser baseada naquela coisa careta, tradicional, do professor superior e os alunos têm que obedecer a uma hierarquia careta e tal. Não, ali se estabeleceu claramente que a minha relação de confiança tinha que se dar pela franqueza, pela sinceridade, por uma cumplicidade nas angústias”, explica.
“Veio daí uma imensa vocação minha de ajudar as pessoas a entender os problemas […], o jovem a entender as coisas como elas são, no papo reto”, acrescentou, ao lembrar ainda da atuação complementar como comentarista esportivo da Rádio Educadora do Nordeste.
Assista, na íntegra:
https://www.facebook.com/cirogomesoficial/videos/1189975984767869