“A rebeldia tem que ser a nossa unidade”, afirma Manoel Dias na projeção de 2022


Da Redação
30/04/2021

O secretário-geral do PDT classificou o governo Bolsonaro como “irresponsável, corrupto e miliciano”

“A rebeldia tem que ser a nossa unidade”, disse o secretário-geral do PDT e presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), nesta sexta-feira (30), para defender a integração do campo progressista nas eleições de 2022. A avaliação ocorreu ao longo da nova edição do programa ‘Despolarizando’.

‘Vamos superar diferenças e brigar depois. Urgente é tirar essa gente do poder, como fizeram os americanos elegendo o [presidente] Biden”, afirmou, ao classificar o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, como “irresponsável, corrupto e miliciano”.

E passos essenciais, segundo ele, para sustentar a defesa democrática incluem a mobilização da população a partir da nucleação, bem como o oferecimento de uma “formação emancipadora”.

“Se a gente não fizer o trabalho de organização do povo, nós estamos enganando o povo. Temos que seguir defendendo o que o Brizola sempre sonhou e procurou fazer. Não podemos legitimar essa farsa [bolsonarismo], o conluio das elites”, ressaltou, com a indicação da importância do Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) liderado pelo pré-candidato pedetista ao Planalto, Ciro Gomes.

Nesta edição, o programa contou ainda com as participações do ex-deputado federal, Brizola Neto, do presidente nacional do MCDR, Roberto Viana, do vice-presidente da FLB-AP em Pernambuco, Pedro Josephi e do jornalista Miguel do Rosário.

Vivência

Resultado da parceria do Movimento Cultural Darcy Ribeiro (MCDR) com a FLB-AP e site ‘O Cafezinho’, o programa também abordou a trajetória do líder pedetista desde o início da carreira profissional e política em Santa Catarina.

Desde a juventude, Dias atuou no movimento estudantil, fez carreira como advogado e auditor fiscal da Receita Federal e ocupou cargos no executivo e legislativo, com destaque para os de ministro do Trabalho e Emprego, entre 2013 e 2015, e de deputado estadual, entre 1962 e 1964, quando foi cassado pela ditadura militar.

Em uma nova exaltação ao fundador e presidente de honra do partido, Leonel Brizola, Dias relata o “privilégio da convivência” ao longo de décadas. A proximidade representava, para ele, uma oportunidade constante de aprendizado.

“Tive quase que diariamente, durante 20 anos, uma relação no exercício da secretaria-geral do partido. Para mim, ele, até agora, o líder que, ao chegar perto, eu me emocionava pela sua coragem, amor à pátria, compromisso com as reformas e o socialismo”, relembrou, diante do perfil transformador dos trabalhistas desde o ex-presidente Getúlio Vargas.

“Um homem que veio lá de baixo e continuou defendendo as mesmas posições, sem nunca ter mudado. Isso se deve à coragem pessoal, como líder”, assegurou.

 

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