Em seminário, lideranças do PDT promoveram críticas aos retrocessos acumulados pelo governo federal
Retomada progressista baseada na saída do presidente Jair Bolsonaro e na consequente implementação do Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND). Os dois pontos marcaram as participações dos presidente e vice-presidente nacionais do PDT, Carlos Lupi e Ciro Gomes, respectivamente, na mesa de abertura do seminário virtual realizado, nessa quarta-feira (24), pela Associação Doutor Cosme, da Bahia.
Expondo o sentimento de revolta contra a série de ações de Bolsonaro, Lupi indicou que é preciso integração para vencer um gestor sustentado na desconstrução da democracia e na retirada de direitos.
“Eu quero um Brasil que tenha a capacidade de lutar. A gente precisa ajudar o nosso povo e mobilizar a sociedade. Não podemos nos conformar com 300 mil mortes e aceitar os absurdos do Bolsonaro. É uma violência contra a humanidade que passou de todos os limites”, disse.
“Temos um presidente criminoso e genocida. A cada momento ele atenta contra a vida dos brasileiros. Ele faz o enfrentamento pela ignorância”, completou.
Diferencial
Ao mencionar a falta de diversidade no Congresso Nacional para contextualizar a realidade excludente do Brasil, Ciro, que é pré-candidato ao Palácio do Planalto, defendeu a importância de efetivar o PND como alternativa determinante contra retrocessos históricos.
“Devemos celebrar o Projeto Nacional de Desenvolvimento. É o que o Brasil precisa”, afirmou, ao completar:” O projeto representa o fim da ilusão neoliberal e supõe plano, coordenação e orçamentação”.
Para o ex-governador do Ceará, a crise do coronavírus evidenciou o elevado índice de desindustrialização que atinge a nação desde a década de 90, bem como a falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento.
“A pandemia mostrando que o Brasil não sabe mais fazer vacina e não consegue produzir respiradores. Desaprendeu a fazer pois perdeu o compromisso com o desenvolvimento a partir de 95”, registrou, diante do reflexo direto no crescimento, que abrange emprego, salário, renda, investimento, infraestrutura e produtividade.
“Precisamos mobilizar o nosso povo. Os interesses estrangeiros estão aqui dentro. O Brasil pode se reconciliar e ser reconhecido como exemplar pelo mundo”, completou.