Grupo negocia autorização, no Ministério da Saúde, para importar doses da Oxford/AstraZeneca para uso próprio
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, criticou a tentativa de compra prioritária, por parte de um grupo de empresas brasileiras, de 33 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, contra a Covid-19, para uso próprio. A negociação para autorização prévia, no Ministério da Saúde (MS), foi divulgada, nesta segunda-feira (25), pelo jornal Folha de São Paulo.
“Um grupo de empresários brasileiros quer comprar 33 milhões de doses de Oxford e dividir metade para com o governo e a outra parte ficar com eles. Se querem comprar, devem doar todas as doses para o governo, porque não podemos ter privilegiados”, afirmou.
Conduzida pela farmacêutica Dasa, que detém laboratórios e hospitais, a transação coletiva beneficiaria, pelo menos, 12 empresas, incluindo Vale, Gerdau, JBS, Oi, Vivo, Ambev, Petrobras, Santander, Itaú, Claro, Whirlpool e ADN Liga.
Mesmo com o caos da pandemia em todas as regiões do país e a falta de insumos para produção interna de doses, o governo federal demonstrou, nos bastidores, uma sinalização positiva para a liberação.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, no começo deste ano, que a prioridade dos lotes disponíveis seria exclusiva para o SUS, o que impediria o acesso fora do Plano Nacional de Imunização.
Impacto
Diante do descaso gerado pela gestão Bolsonaro e a consequente ampliação da crise nos estados, principalmente no Amazonas, Roraima e Tocantins, Lupi reforçou novamente a necessidade de seguir as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Temos que alertar a sociedade para ficar em casa, usar a máscara e tomar todos os cuidados porque esse governo rejeita a ciência, ignora as precauções necessárias, incentiva a aglomeração e, além de tudo, briga com todos os governos, como Índia e China, que tem os insumos básicos para se fazer as vacinas”, disse.
Confira o vídeo no Facebook:
https://www.facebook.com/1479091025641886/videos/411255470088280/