Na última quarta-feira (21) foi celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, um dia muito significativo para nós, povos de Axé, que praticamos as religiões de matriz africana – as mais atacadas pelo preconceito. Éramos, e ainda somos, rotineiramente violentados em nosso propósito de exercer a nossa cultura e a nossa fé. Por isso, é tempo de nos mantermos unidos para lutar por sobrevivência, por respeito e reivindicar direitos. O caminho? A política.
As denúncias de casos de intolerância religiosa tiveram uma aumento substancial no País. No primeiro semestre de 2020, o crescimento foi de 41,2% relacionado ao mesmo período do ano anterior. Se comparado a 2018, as denúncias subiram 136%, segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Sem o que comemorar, somos convocados à luta.
Somos muitos. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 589 mil brasileiros se declaram fieis às religiões de matriz africana. O número tende a ser maior do que o apontado pelo estudo, uma fez que o preconceito se coloca como inibidor da auto-declaração. Enquanto comunidade formada por cidadãos e cidadãs brasileiros, temos o legítimo direito de ser representados nas esferas de poder.
O povo de axé precisa se atentar para a política. Por meio dela podemos avançar em inúmeras pautas fundamentais à preservação da nossa cultura. O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, por exemplo, vem de um projeto de lei, representando a luta pelo respeito à liberdade de culto, por segurança e igualdade.
Somente a unicidade política pode promover a representação real dos maiores anseios de um povo. E só é possível representatividade quando há união de pensamentos, de ideais. Só seremos respeitados quando estivermos unidos politicamente. Juntos, somos fortes. Unidos podemos mudar a história política do nosso povo, para o nosso povo.
Você, meu irmão, minha irmã, que sabe o quão duro é manter de pé nossas religiões, culturas e tradições, historicamente perseguidas, venha lutar pelo emporderamento dos povos de Axé conosco.
Filie-se ao PDT e faça parte do movimento PDT-Axé.
*Marcelo Monteiro é presidente nacional do PDT Axé