Preventivamente, Ministério da Saúde intensificou, em 1963, a produção nacional da vacina e o monitoramento integrado do vírus
Atuação preventiva, responsável e integrada com a ciência. Assim, o governo do presidente, João Goulart (Jango), enfrentou, em 1963, o surto pandêmico do vírus H2N2, também chamado de “gripe asiática” e reincidente deste 1957. A partir da liderança do Ministério da Saúde, o Brasil intensificou a produção antecipada da vacina através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e do Instituto Butantan, em São Paulo.
Conforme descrito pelo jornal Correio da Manhã, em 15 de fevereiro, os técnicos federais determinaram, além da formação de estoque de vacina, outras providências de amplitude nacional. Em destaque, a vigilância para identificação de possíveis doentes, principalmente em aeroportos e portos, e a consequente coleta de material para exame laboratorial e imediato diagnóstico.
Em conjunto com especialistas e representantes de órgãos públicos, a União constituiu ainda uma comissão normativa para deliberar sobre o pacote de medidas a serem implementadas. Nesta estrutura, a inclusão de uma rede brasileira de alerta para abastecer as autoridades sanitárias com dados.
Alerta
Da Organização Mundial de Saúde (OMS), as autoridades receberam a confirmação da proliferação da contaminação nos Estados Unidos. Pela América do Norte, a infecção chegou pela primeira vez em 1957, e acumulou, três ondas, com concentração da mortalidade nos invernos de 1959 e de 1962.
Originária da China, a pandemia gerou cerca de 2 milhões de óbitos ao redor do planeta, o que representou, na época, a contaminação de cerca de 40% a 50% da população. Deste total, 30% apresentou a forma leve da doença, enquanto a maioria faleceu de pneumonia bacteriana secundária, como também ocorre com os afetados pelo Covid-19.
Exemplo
Defensor de um sistema público de saúde qualificado e presente, Jango valorizou as políticas de imunização ao longo da sua gestão. Em 1962, o trabalhista participou da campanha de vacinação contra a poliomielite, tendo, inclusive, aplicado doses da única forma de proteção em seus filhos.
O uso do então recém-chegado imunizante em gotas contra a doença contagiosa, que também é chamada de “paralisia infantil” no Brasil, foi criado por Albert Sabin, médico e pesquisador polonês que renunciou aos direitos de patente.