“A população está sem água. O povo está com sede, resultado de mais uma seca no Estado. O Norte de Minas clama por chuva e sofre com a situação. Estamos vivendo um período desastroso”. O comentário é do deputado estadual Carlos Pimenta ao participar de mais uma reunião remota da ALMG. De acordo com o parlamentar, o povo do Norte de Minas não tem água para beber. Já perderam uma grande porcentagem de rebanhos bovinos. As pequenas barragens e os rios secaram.
“Estamos vivendo um período triste, de emergência, de calamidade pública devido a essa seca aqui no Norte de Minas”, pontua.
Membro efetivo da Comissão de Meio Ambiente, o parlamentar comenta que quando a Coordenadoria de Defesa Civil esteve em Montes Claros se reunindo com prefeitos sobre esse problema, ele teve dó dos chefes do executivo municipal. Muitos, sem condição nenhuma de furar e equipar um poço artesiano e de ter um caminhão-pipa.
“Eu participei virtualmente da reunião e sofri muito por não poder estar presente para contestar. Foi um desastre para mim. Por mais respeito que eu tenha com essa Entidade, nunca vi tanta burocracia para dar aos municípios acessos aos equipamentos. O pior é que todos os recursos que vão vir, se é que virão, são recursos federais”, comenta.
Carlos Pimenta ressalta a importância de o Governador Romeu Zena tomar conhecimento desses fatos. Diante disso, ele pede ajuda a Bancada do Norte e a outros Parlamentares para agendarem, o mais rápido possível, um contato com o governador, seja virtual ou remoto,“para que possamos fazer esse apelo, esse clamor” ao governador. ]
De acordo com Pimenta, os prefeitos do Norte de Minas não são bandidos, não são ladrões e tampouco estão com más intenções com os recursos que vem do governo federal. Eles estão querendo atender e ajudar a população que passam necessidades por necessidades.
Outra reivindicação que Carlos Pimenta quer fazer ao Governador Zema é com relação a liberação de recursos orçamentários. Pimenta lembra que no ano passado foi colocado no orçamento do Idene (Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais), R$40 milhões, aprovado pelo Governo do Estado e que até agora não chegou nada desse valor. “Como se combate uma seca desse jeito?” Questiona.
O dinheiro de Brasília está chegando a conta-gotas, lembra o parlamentar. “Mas, o povo está precisando é de litros de água para matar a sede, nesse sol escaldante aqui do Norte de Minas, nessa seca terrível que atinge todos os municípios. Essa situação de emergência já dura muito tempo. Os decretos já foram elaborados e homologados pelo governo do estado e parte pelo governo Federal. Agora, queremos que o governo do estado e governo federal assumam essa responsabilidade e tragam um pouco mais de apoio, alento e responsabilidade para o povo do Norte de Minas, que está passando pela pior seca de sua história”, finaliza.