O movimento do PDT Ecotrabalhismo emitiu uma nota na qual o governo Bolsonaro e a conduta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, principalmente durante a reunião ministerial, que teve a gravação divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última semana. Para os pedetistas, o gestor ratificou a completa falta de compromisso com a missão da pasta e, portanto, deve renunciar ao cargo.
“Nos somamos à indignação daqui e de fora do Brasil sobre o episódio acima e registramos veemente condenação à intenção e práticas socioambientais promovidas pelo atual governo e, em especial, pelo ministro”, indica, ao citar a tentativa de enfraquecimento da legislação durante a pandemia do Covid-19.
O movimento relata o acúmulo de inúmeros protestos, manifestações e denúncias de amplos setores da opinião pública, de organizações científicas, da sociedade civil, de movimentos sociais e de personalidades contra os retrocessos impostos tanto no âmbito administrativo, quanto operacional.
“Faz-se agente ecocídio, atropela o dever do poder público previsto no artigo 225 da Constituição Federal, onde todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, detalha.
Compromissos
O documento denuncia ainda que a mudança da política ambiental rompe com o acordo assumido, pelo país, na Agenda 2030 da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 21), evento promovido pela Organização das Nações Unidas, em 2015.
“Prejudica nossa população, denigre a imagem brasileira e promove comportamentos, atitudes e apoios à ações predadoras, irregulares, utilitaristas e negacionista”, acrescenta.
No manifesto, a organização pedetista relembra que há cerca de um ano, oito ex-ministros do Meio Ambiente, de diferentes governos e posições ideológicas, mostraram preocupação com a política adotada, desde 2018.
“Elaboraram um documento expressando preocupações com desacertos em nível federal, desatenção para com os ecossistemas e a biodiversidade”, pontua, ao indicar ainda o consequente impacto na saúde, no bem-estar na a economia dos brasileiros”.
Confirma a nota na íntegra: Nota do Ecotrabalhismo