Nessa terça-feira (03) a Juventude Socialista (JS-PDT) começou um trabalho para conscientização e debate sobre o suicídio. O movimento alterou a imagem de logotipo em todas as redes sociais como forma de apoio a “Campanha do Setembro Amarelo” para garantir mais visibilidade à causa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a juventude é um dos grupos mais afetados por transtornos mentais. O suicídio entre jovens, homens e mulheres entre 15 e 29 anos, entre 1980 e 2014, aumentou 27,2%. O Brasil é campeão em casos de ansiedade. E a depressão é uma das doenças mais descapacitantes no mundo.
Segundo William Rodrigues, presidente nacional da JS, aderir a campanha e conscientizar as bases por todo o país é importante para o fortalecimento de uma juventude que saiba o seu papel no mundo, e entenda que o papel de transformação da sociedade brasileira passa pela saúde dos jovens.
“É preciso ter cuidados maiores com os jovens quando o tema é saúde mental. A depressão é uma doença silenciosa e perigosa, muitos jovens hoje tiram a vida por conta do desemprego e das dificuldades diárias”.
Rodrigues alerta que a busca por profissionais capacitados e formados na área é essencial para o cuidado eficaz. “Nosso papel é conscientizar, falar sobre, mas também tem que dizer que a gente não é psicólogo, amigo não é psicólogo, tem que procurar o profissional certo”.
O presidente da JS lembrou, ainda, do jovem de 29 anos em Jundiaí, São Paulo, que se suicidou por conta das dívidas e do desemprego e afirma“a Juventude Socialista é responsável no seu papel social por conscientizar que é possível transformar essa situação, mas temos que nos manter fortes e aguerridos, e cientes que podemos encontrar bases de apoio para os momentos difíceis”.
O Movimento Setembro Amarelo foi criado em 2015 pela pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O telefone de contato do CVV é 188, que conta com pessoas voluntárias capacitadas a orientar sobre saúde mental.