“Volto do Encontro da Internacional Socialista com a certeza de que foi muito produtivo”, afirma o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao avaliar os dois dias de encontro do organismo, realizando na última segunda-feira (30) e na terça-feira (31), em Ramallah, na Palestina, e Tel-Aviv (Israel).
“Dialogamos bastante com lideranças de vários países, tanto sobre a situação de tensão entre Palestina e Israel quanto sobre o estado atual da nossa sociedade como um todo”, declarou Lupi, que é um dos vice-presidentes da IS. A comitiva pedetista também foi composta por André Figueiredo, líder do PDT na Câmara dos Deputados, Miguelina Vecchio, vice-presidente nacional do PDT, e Márcio Bins Ely, secretário adjunto de Relações Internacionais da legenda.
Ao declarar o apoio do legenda à causa palestina, André Figueiredo reiterou que o Brasil sempre se posicionou a favor dos processos de paz e que o atual desvio, encabeçado pelo presidente Jair Bolsonaro, logo será corrigido, para que o País volte a trilhar no caminho da paz , da democracia e de oportunidades para os povos do Oriente Médio.
A iniciativa da IS de buscar a paz no Oriente Médio a partir da promoção do diálogo faz parte de um dos compromissos da IS, e que vem sendo executado há muitos anos, de não medir esforços para tomar decisões que apoiem a procura por uma solução para que Israel e Palestina vivam em paz, como dois Estados vizinhos e soberanos.
Recentemente a solução da criação de dois estados na região foi enfraquecida com a demolição de imóveis palestinos em uma área sob jurisdição da Autoridade Palestina. Em seu discurso na reunião, André Figueiredo desejou a solução o mais rápido possível para que o Estado Palestino ache o seu caminho de desenvolvimento.
“Do mesmo modo que a descolonização da América Latina e da África, não basta controlar o território. É necessário dar um segundo passo e buscar o desenvolvimento autônomo. O Brasil, que já obteve sua independência formal há quase 200 anos, mantém-se até hoje preso a um ciclo de dependência que o prende à periferia do capitalismo e a formas mais sutis de exploração”, disse.
De acordo com a Internacional Socialista, o momento requer a discussão imediata com representantes dos partidos membros da IS com membros de outros países, devido à conjuntura atualmente crítica para os povos da região e, também, por causa dos inúmeros desafios que os conflitos entre as duas nações trazem como consequência, a nível global e regional.