Em debate, Ciro afirma que pretende gerar dois milhões de empregos no primeiro ano de governo

Foto: Léo Canabarro

Por Silmara Cossolino
10/08/2018

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, apresentou a meta de criar dois milhões de empregos no primeiro ano de seu governo, caso seja eleito. A afirmação do pedetista foi feita durante a sua participação no primeiro debate presidencial das eleições 2018, realizado na noite desta quinta-feira (9), na TV Bandeirantes.

“Eu tenho uma proposta de gerar no primeiro ano de governo, enquanto a gente cuida das reformas estruturais, dois milhões de empregos. O caminho é basicamente consertar os motores do desenvolvimento que estão praticamente todos estrangulados. O consumo das famílias é um dos motores importantes”, afirmou.

Para tanto, disse que pretende contar com setores da economia, dentre eles, o da construção civil, para alavancar a mão de obra.

Ciro ressaltou que o Brasil conta hoje com 63 milhões de pessoas com o nome sujo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e que sua proposta é ajudar a limpar o nome dos brasileiros que estão negativados para que eles voltem a consumir.

De acordo com o pedetista, o empresariado brasileiro está colapsado e, por isso, ele pretende consertar ar as contas públicas, a começar com as mais de 7 mil obras paradas e todas burocráticas.  Segundo ele, o Brasil voltará a ter uma política de comércio exterior que não alimente as ilusões de expor o Brasil a uma competição internacional.

“Lá fora se financia a zero, no Brasil se financia a 40% de juros. Lá fora tem sofisticação tecnológica, o Brasil está se atrasando pesadamente”, observou.

O debate entre presidenciáveis também foi marcado por questões sobre as reformas Trabalhista e da Previdência. Ciro reiterou que vai revogar a trabalhista caso seja eleito e que vai propor uma reforma que corrija a insegurança jurídica.

“Nossa discordância é profunda, essa reforma trabalhista que o PSDB aprovou, com  o Michel Temer, gerou selvageria”, disse Ciro.

Sobre a da Previdência, disse que o Brasil precisa celebrar um regime de capitalização porque é ele que vai permitir uma poupança.

Ao final do programa, deu seu recado: “se você acha que o Brasil precisa mudar, estamos juntos nessa batalha. Tenho um sonho de restaurar a atividade econômica gerando dois milhões de empregos, e eu vou ajudar a tirar seu nome sujo do SPC. Pretendo reforçar a saúde das contas públicas para retomar o desenvolvimento”, disse.