Movimento dos Aposentados do PDT discute ofensiva conservadora na América Latina


PDT-RJ/José Antonio Gerheim
04/05/2018

Em uma noite que reuniu várias entidades que apoiam a luta dos países latino-americanos contra a ofensiva e escalada imperialista norte-americana, realizou, nessa quarta-feira (2), um amplo e acalorado debate sobre o tema América Latina: A luta pelo Socialismo frente à ofensiva conservadora. O evento foi realizado pelo Movimento dos Aposentados e Pensionistas do PDT (Mapi), em conjunto com a Associação Cultural José Martí, na Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, Rio de Janeiro.

Durante quatro horas, sob a direção da presidente do Mapi, Maria José Latgé, os cônsules da Venezuela, Edgar A. Marin, e da Bolívia, Shirley Orozco, e do deputado Paulo Ramos, esclareceram o momento atual pelo qual passam seus países – que terão eleições presidenciais neste ano, a começar pela Venezuela, no próximo dia 20.

Representando o presidente do PDT, Carlos Lupi, que estava em Brasília, fez parte da mesa, o secretário nacional de Assuntos Jurídicos, Trajano Ribeiro, Lícia Hauer e Carlos Gustavo Moreira (Gugu), da ACJM.

Em sua fala, Trajano que ressaltou a histórica posição do PDT e de nosso líder eterno Leonel Brizola nesta luta histórica da América Latina contra o colonialismo e seus agentes internos e externos

Marin disse que, se por um lado, o presidente Nicolas Maduro Partido Socialista Venezuela Unificado (PSVU) tem o apoio maciço do povo, e que deverá vencer a eleição do dia 20, por outro, sofre violenta e tenaz perseguição dos meios de comunicação, que não hesitam em distorcer o noticiário, em considerar que a eleição não é democrática, que a oposição não pode se manifestar livremente, o que é uma rigorosa mentira, mas omitem tudo o que refere ao odioso bloqueio econômico ao país, comandado pelo governo dos Estados Unidos. Além disso, contam com o irrestrito apoio da mídia conservadora de países como o Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia.

A boliviana Shirley Orozco informou que lá tentaram impedir que o presidente Evo Morales pudesse concorrer a um novo mandato; mas sem sucesso, graças ao apoio que ele tem da maioria esmagadora do povo, das entidades populares, mas que também uma parte da imprensa conservadora segue o mesmo ritual que se observa em toda a América Latina.

Ela não deixou sem resposta uma pergunta feita por um participante do encontro sobre o caso de um senador oposicionista de Evo Morales, que se asilou na embaixada brasileira, recebeu apoio do ministro tucano golpista Aloísio Nunes na tentativa de criar um caso diplomático entre o Brasil e a Bolívia, prática já usada no passado, durante as ditaduras militares que tomaram conta da América do Sul nos anos 70 e 80.

Já Paulo Ramos, colocou em debate o desdobramento do golpe no Brasil, desde a deposição da presidenta Dilma Rousseff , a prisão do presidente Lula, ao assassinato da vereadora Marielle Franco. E ressaltou o implacável apoio da mídia, sobretudo das Organizações Globo, as reformas que tiram os direitos dos trabalhadores, a reforma previdenciária e o espaço que dão aos políticos conservadores.

Sobre a Venezuela, Paulo Ramos fez questão de relembrar o golpe que derrubou e matou o presidente do Chile, Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, ao se referir ao momento por que passa o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, por comandar o país que tem as maiores reservas de petróleo do mundo.

Encerrando o debate, Paulo Ramos destacou a fundamental importância da união das esquerdas brasileiras para garantir a realização das eleições de outubro no Brasil e que é legítima a posição do PDT em torno de seu candidato Ciro Gomes.

Texto de  e fotos de Sady Motta.